Nesta quarta, 25, o presidente da ABPA, a Associação Brasileira de Proteína Animal, Francisco Turra falou ao Giro do Boi sobre as medidas rapidamente adotadas pelas indústrias do setor para permitir a continuidade da produção de alimentos para o Brasil e para o mundo.
“Um trabalho duro, começamos desde que houve a notícia do confinamento, etc., a movimentar o nosso setor, preparando-o, ou seja, para dar segurança ao trabalhador, mandando informes, mais do que isto, normativas, dentro dos melhores padrões. Como agir, por exemplo, segregar as pessoas com mais idade, a população de risco”, ilustrou Turra.
O presidente da entidade destacou ainda que potencializar o trabalho dos mais jovens, que em maioria estão fora faixa de maior risco para a contaminação do Covid-19, é fundamental neste momento. “Aproveitar a força da juventude que quer trabalhar, e isto já manifestaram, para continuar, seguir a rotina, continuar trabalhando da melhor maneira, produzindo”, resumiu.
Turra disse que o setor como um todo, na produção de ovos e carnes de aves e suínos, representados pela ABPA, está sendo bem atendido pelo governo, com os agentes do poder público presentes e com atuação firme. Dificuldades pontuais, como fechamentos de rodovias, são prontamente solucionadas por conta da importância do alimento para a população, conforme reforçou o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
“A gente produz 13,5 mi de toneladas de carnes de aves por ano. Em torno de 4,2 milhões de carne suína. 70% da produção de carnes de aves vão para o mercado interno e, de carne suína, 80% vão para o mercado interno. 44 bilhões de ovos, de tudo isto, 99% são para o mercado interno, para o consumidor. E proteínas saudáveis, proteínas boas. Hoje, inclusive, indicadas até para a gente manter mais resistência, dar mais resistência pelas virtudes destas proteínas”, afirmou.
Turra chamou atenção para o fato de a produção de alimentos, que atende não só o Brasil, como também as quase duas centenas de países no mundo todo, ser fator decisivo para o País superar adversidades como esta. Nações que estão passando, ou passaram, pelo auge de pandemia, como EUA, Itália, Japão e China, podem, a partir do fornecimento de alimentos pelo Brasil, trocar informações, tecnologias e serviços que ajudem a conter a proliferação do coronavírus.
“O fato de a gente ser produtor, e você que está no campo tem que se dar conta, você é um agente de atração de solidariedade humana porque todos precisam de alimentos”, reconheceu.
Veja a entrevista completa com Francisco Turra no vídeo que segue: