A Apta, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, e o Gepror, Grupo de Estudos em Produção de Ruminantes, realizam em parceria nesta quarta, dia 15, a segunda edição do Beefday. Trata-se de um dia de campo que tem como objetivo levar conhecimento e tecnologia para o aumento da produtividade em realidades e sistemas de produção diversos da pecuária de corte. O evento acontecerá na sede da Apta – Polo da Alta Mogiana – na cidade de Colina-SP, região Norte do estado.
Quem coordena o evento é o pesquisador da Apta, Flávio Dutra, graduado, mestre e doutor em zootecnia. Ele falou ao Giro do Boi desta terça, 14, sobre as novidades do evento. O Beefday, de acordo com Dutra, vai mostrar os caminhos para produzir o boi 777, desde o bezerro de qualidade, passando por uma recria rápida com o animal ganhando peso, chegando aos 20 meses de idade pesando cerca de 14 arrobas e terminando o ciclo de engorda ganhando outras 7@, seja a pasto ou em confinamento, com até dois anos de idade.
O pesquisador alertou que um dos principais erros do pecuarista que tenta encurtar o ciclo do seu boi é acreditar que, na entressafra, o animal consumindo apenas 2 kg de ração por dia estará ganhando peso. “Ele estará sendo enganado pelo próprio boi, porque esse boi mal está conseguindo fazer a mantença dele. Tem muito crescimento de víscera nesta situação e a gente vai mostrar para o pecuarista que esta é uma época em que ele realmente tem que fazer igual ao confinamento, tratando bem no pasto, e por isso precisa dar volume maior de ração”, alertou.
Esse gargalo poderá ser corrigido pelo pecuarista que acompanhar o Beefday nesta segunda edição do evento. Já são mais de 1.100 inscritos e ainda há vagas disponíveis, afirmou Dutra. As inscrições podem ser feitas pelo site www.beefday.com.br, onde está também disponível a programação do evento.
Serão oito estações de campo a serem visitadas pelo público presente a partir das 9h, mostrando ainda novidades em pesquisa da Apta, uso de drone aplicado à pecuária e aplicativos gratuitos de gestão para contribuir para um controle mais efetivo da fazenda. “No fim do ano o pecuarista precisa saber o quando está produzindo em arrobas por hectare ao ano. Quem trata de soja e milho sabe quantas sacas está produzindo por hectare, mas quem produz boi não sabe quanto está produzindo de arroba por hectare ano”, alertou. “O produtor que não adotar tecnologia na fazenda vai estar fora mercado. Às vezes até já está fora e não está percebendo”, acrescentou.
Veja a entrevista completa de Flávio Dutra pelo vídeo abaixo: