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SUSTENTABILIDADE

Preservação lucrativa: financiamento climático é tema de evento em Campo Grande (MS)

Pré-COP Bioma Pantanal debate criação de mecanismos financeiros e políticas públicas que transformem a conservação em ativo de desenvolvimento

Preservação lucrativa: financiamento climático é tema de evento em Campo Grande (MS). Foto: Divulgação.
Preservação lucrativa: financiamento climático é tema de evento em Campo Grande (MS). Foto: Divulgação.

Como garantir que a preservação ambiental no Pantanal seja também economicamente viável? Essa pergunta foi o centro das discussões no painel “Da política ao chão: caminhos para financiar a transição justa no Pantanal”, realizado na terça (30), em Campo Grande (MS), durante o evento Pré-COP Bioma Pantanal.

O debate reuniu representantes de peso, como o Consórcio Brasil Verde, a SOS Pantanal e a Secretaria Executiva de Meio Ambiente, sob mediação de Renato Roscoe, diretor Executivo do Instituto Taquari Vivo. O foco da discussão foi a criação de políticas públicas e mecanismos financeiros que consigam dar escala à conservação ambiental. A ideia é clara: a proteção do Pantanal precisa ser transformada em um ativo de desenvolvimento.

Segundo Roscoe, a preservação ambiental só será duradoura se for sustentável financeiramente. Sem viabilidade econômica, o território fica vulnerável a crimes e queimadas. O desafio, portanto, é desenvolver instrumentos que reconheçam o trabalho e o papel do produtor rural e da sociedade na conservação do bioma.

Soluções do chão e a força da integração

O Secretário Executivo de Meio Ambiente do Governo do Mato Grosso do Sul, Artur Falcette, reforçou a necessidade de soluções que cheguem de fato à fazenda. “O Pantanal precisa de instrumentos que cheguem de fato ao território, para apoiar quem já está fazendo a conservação e garantir que mais áreas sejam preservadas”, afirmou.

A integração entre os setores foi apontada como o caminho. Robson Monteiro, Secretário Executivo do Consórcio Brasil Verde, destacou a importância de unir a ciência, o mercado e as políticas públicas. Uma das soluções propostas é a remuneração direta do produtor por meio da produção de ciência e tecnologia, incentivando a viabilidade econômica das áreas preservadas.

Outra proposta levantada foram os pagamentos ambientais de curto prazo para as transições climáticas. Monteiro citou como exemplo o modelo de Minas Gerais para a recuperação de áreas degradadas. O objetivo é criar incentivos financeiros que recompensem o produtor pela ação imediata em prol do meio ambiente.

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Exemplo prático: o papel do instituto taquari vivo

A importância da prática foi sublinhada durante o evento. O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, destacou a atuação do Instituto Taquari Vivo na região do Peri Pantanal. O instituto desenvolve iniciativas de recuperação de áreas degradadas e preservação de nascentes.

Essas experiências locais foram citadas como exemplos práticos de uma transição justa em andamento. “O trabalho no Alto Taquari mostra que é possível conciliar conservação e desenvolvimento”, reforçou o governador.

O Instituto Taquari Vivo é visto como um parceiro estratégico que consegue transformar as ações de preservação em resultados concretos para o Pantanal. O pecuarista deve acompanhar essas iniciativas, pois elas podem gerar modelos financeiros replicáveis para garantir que a produção e a preservação prosperem lado a lado.

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