Quando o desempenho da equipe da sua fazenda está abaixo do programado, desenvolver um programa de premiação de funcionários pode motivá-los? Este foi o tema do quadro Dicas do Chaker que foi ao ar nesta quinta, 18, trazendo as considerações do zootecnista e mestre em produção animal Antonio Chaker, diretor do Inttegra, consultoria especializada em gestão de fazendas por meio de métricas gerenciais.
“Um plano de premiação não resolve o problema de gente fraca, não resolve o problema de gente errada”, ponderou o consultor. “O que nós temos que buscar é remunerar de forma adequada a pessoa certa”, acrescentou.
“O ativo mais importante de uma empresa são as pessoas certas. Gente errada não contribui com o projeto”, disse. Chaker explicou que a prioridade do pecuarista é selecionar quem está inserido em seu projeto para depois definir um programa de remuneração variável conforme o desempenho.
“Quem está com você é mais importante do que como você vai remunerar. A remuneração é pra você manter, para motivar, para incentivar, mas principalmente para reconhecer as pessoas certas que estão com você”, indicou.
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“E aí vem a pergunta: ‘tudo bem, Antonio, mas como eu consigo esses “quens”, que realmente são os certos?”, indagou o consultor.
Para Chaker, a fama do pecuarista e a da fazenda são responsáveis por atrair mais profissionais e facilitar a seleção dos melhores para a vaga. “Quem atrai as pessoas para trabalhar na fazenda é a sua fama como pecuarista, a sua boa fama como um bom patrão, um bom pagador. Fazenda onde as pessoas progridem e ganham bem, avançam, vai atrair pessoas pra trabalhar com você. Quando atrai, você seleciona. Então o primeiro passo é atrair, o segundo é a selecionar boas pessoas a o terceiro é manter estas boas pessoas. E aí vem a história da remuneração para que você possa manter. Mas se for a pessoa errada, não adianta”, frisou.
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Chaker fez recomendações também sobre a dispensa de um funcionário que não se encaixou na fazenda. “Quando a pessoa não se adapta ao projeto, é melhor que ela saia logo. Ela é goleira você está pondo ela no ataque. Então ela tem que ir para o gol em outro lugar”, comparou. “É mais importante a pessoa estar em outra atividade do que estar com você infeliz ou pouco produtiva. É gente certa dentro do barco e gente errada fora do barco, e rápido, porque você não deve perder tempo com isso”, aconselhou.
Entretanto, o consultor disse que o gestor precisa passar por certas etapas para se certificar de que as falhas do funcionário não são, na verdade, as suas falhas. “Para você ter a certeza que ela é a pessoa errada, eu vou dar uma dica aqui muito importante: você combina as tarefas com a pessoa, você estabelece os resultados previstos para ela e toda semana, todo mês e todo trimestre, você acompanha se o combinado com ela foi executado ou não”, instruiu.
“A demissão de uma pessoa, que é algo muito sério na vida da empresa e da pessoa, nunca pode ser de uma forma com que ela fique com “cara de ué”. O que eu quero dizer com “cara de ué”? Quando você vai, infelizmente, dispensar um colaborador, um funcionário, um capataz, ele pergunta “por quê?”. Nunca pode existir a pergunta. Essa pessoa, durante este processo do mês, do trimestre, do semestre, está vendo se está indo bem ou mal e quando chega determinada data de finalizar este ciclo de carreira, não é surpresa nenhuma. Se você demitir um funcionário e for surpresa, se ele ficar com “cara de ué”, você não está fazendo a gestão de pessoas de forma adequada”, concluiu.
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Confira a participação completa de Antônio Chaker no vídeo a seguir: