DEP para precocidade sexual de machos será lançada em 2018

Diretor técnico da ANCP reforça que precocidade sexual está ligada diretamente a todas as características produtivas e econômicas importantes para o produtor, como ganho de peso e acabamento

A ANCP, Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores, lançará em 2018 uma DEP (índice que mensura a diferença esperada na progênie em animais reprodutores que integram o programa de melhoramento genético) para precocidade sexual de machos. Quem revelou a informação ao Giro do Boi foi o médico veterinário Argeu Silveira, diretor técnico da ANCP.

“O impacto da DEP de precocidade sexual tem importância por agregar valor econômico à nossa produção. Este é um projeto desenvolvido pela doutora Eliane Vianna (médica veterinária, mestre e doutora em zootecnia), da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), e que foi transformado em DEP pela ANCP e estará à disposição dos nossos clientes”, detalhou em entrevista concedida ao repórter Marco Ribeiro e que foi ao ar nesta quarta-feira, dia 15.

“Existem estudos e pesquisas mostrando que as fêmeas precoces emprenham mais cedo e são superiores às fêmeas tardias em todos os índices econômicos, como habilidade materna, ganho de peso e acabamento de gordura. Então a gente busca a característica precocidade não é só para ter o bezerro mais cedo, mas pela superioridade em todas as características”, acrescentou.

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EFICIÊNCIA ALIMENTAR

Argeu Silveira ressaltou ainda a importância da seleção por eficiência alimentar e frisou que já existem duas DEPs que levam em consideração a características: conversão e carne, duas maneiras distintas de mensurar o a disposição genética que um animal tem para produzir filhos de destaque nesta qualidade específica.

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“Você olha o custo total de produção para levar o bezerro do nascimento ao frigorífico e 70% disto vem da nutrição, daí a relevância da parte de eficiência alimentar. Recentemente em uma prova na Fazenda Agronova, em Barra do Garças (estado do Mato Grosso), em uma mesma prova observamos animais que converteram 4,88 quilos de matéria seca em um quilo de carne e outros que converteram 14,4 quilos em um quilo de carne. Ou seja, no espaço que você engorda um animal dava pra engordar três. […] Quem tem matrizes comerciais pode aumentar em 20% o número de vacas com a mesma nutrição”, completou.

Veja abaixo, em duas partes, a entrevista de Argeu Silveira ao Giro do Boi:

Parte 1

Parte 2