Controle térmico, critérios na formação da equipe que recepciona os animais, o trabalho da garantia da qualidade e o tratamento de dejetos. Você conhece o caminho que os bois percorrem no curral da indústria até a sala de abates e qual a importância dos cuidados nesta etapa da fase de produção?
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O Giro do Boi desta quinta, 10, tratou do assunto em entrevista com Guilherme Ribeiro, supervisor de produção da unidade da indústria em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. O profissional revelou que, ao chegar à unidade de abates, os animais são recebidos por uma equipe de cerca de dez pessoas responsáveis pela acomodação nas baias do curral e posterior locomoção até a sala de abates.
O curral, em formato “espinha de peixe”, foi construído seguindo o modelo desenvolvido pela Dra. Temple Grandin, uma das maiores especialistas em bem-estar animal do mundo. A estrutura previne quedas, escorregões e pausas no fluxo de locomoção. Ao final do corredor até a sala de abates está a chamada entrada em “S”, seguindo o movimento natural dos bovinos em semi-círculo, facilitando o trabalho dos colaboradores, evitando prejuízos ao pecuarista e o estresse, que pode impactar na qualidade da carne.
+ Confira a entrevista exclusiva da Dra. Temple Grandin ao Giro do Boi
De acordo com Guilherme Ribeiro, as baias do curral devem ser grandes o suficiente para que os animais consigam se locomover e deitar sem prejuízo ao conforto, com cerca de 2,5 metros quadrados por cabeça. Em dias de calor, aspersores de água são ligados para manter a temperatura agradável. A água também é fornecida à vontade para os lotes até o momento do abate. Depois da saída dos animais, a limpeza é feita nas baias e os dejetos seguem para uma estação de tratamento, evitando com que o próximo lote chegue em um local sujo e também a dispersão de agentes de contaminação na natureza.
Veja as informações completas pelo vídeo abaixo: