No Giro do Boi Responde que foi ao ar nesta segunda, dia 19, o professor da Fazu Juliano Ricardo Resende, zootecnista, especialista em nutrição de ruminantes e consultor nas áreas de bovinocultura de corte e leite atendeu a dúvida de um telespectador piauiense.
“Quero saber se o sabugo de milho pode ser dado para o gado sozinho ou precisa de algum adicional”, indagou Luciano Ribeiro de Sousa, de Ribeiro Gonçalves-PI.
O especialista disse que embora seja possível usar o sabugo como componente da ração, a prática não é usual. “Não é muito comum trabalhar com sabugo de milho na alimentação de bovinos. Geralmente a gente faz o fornecimento do milho grão, moído fino, de preferência, para ter uma maior digestibilidade no rúmen. Ou então trabalha com MDPS, que é o milho desintegrado com palha e sabugo”, ponderou.
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Juliano fez sua recomendação quanto ao que pode ser usado para complementar as deficiências nutricionais do sabugo. “ No caso do sabugo puro, é um alimento muito pobre, vai ter em torno de 4% de proteína e tem a energia que tem vem da fibra, que inclusive é uma fibra de boa digestibilidade. Então quando você fornecer o sabugo, você tem que entender que está fornecendo um alimento rico em fibra, ou seja, que vai substituir forragem, mas você não está dando um concentrado. Na verdade você está fornecendo um volumoso. Que ele seja moído, triturado e, de preferência, que você faça um ajuste, uma correção no valor de proteína de 4% para 12% através da adição de farelo de soja, que é um alimento mais comum proteico que a gente tem para trabalhar em fazendas”, aconselhou.
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Juliano destacou a capacidade dos ruminantes de aproveitarem alimentos ricos em fibra como o sabugo. “Então pode utilizar, sim. O sabugo é um alimento rico em fibra, é uma fibra de boa digestibilidade e, normalmente, não se vê em quantidade nas fazendas, mas se você tem, vamos aproveitar! Uma particularidade dos ruminantes é que tudo que é fibra vai ser transformado em produto carne ou leite. Isso é muito interessante! Mas que seja feita a correção da proteína, principalmente”, sustentou.
O zootecnista apontou a importância de o produtor prestar atenção ainda à composição da dieta como um todo, além das fibras e da proteína. “Naturalmente que uma dieta tem que ser formulada, não é somente corrigir proteína. Mas uma dica que eu dou é para ficar atento à proteína, elevando de 4% para 12% através da adição de farelo de soja. No caso de vaca leiteira, necessitaria de 16% (de proteína na dieta)”, indicou.
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A resposta completa segue disponível pelo vídeo abaixo:
Foto ilustrativa: Paulo Lanzetta / Embrapa