O agricultor brasileiro é tido como um dos mais eficientes do mundo e um dos grandes fatores para esta farta colheita, a grande maioria duas vezes por ano, é o fato dele não abrir mão de devolver o que se retira do solo, os nutrientes por exemplo. É esta preocupação que coloca o Brasil no topo de grande celeiro de produção mundial de alimentos. Mas na pecuária, a prática em adubar a terra e os pastos ainda “engatinha”, embora as empresas do segmento tenham registrado constante aumento nas vendas de fertilizantes. Foi o que afirmou no Giro do Boi desta quinta-feira, 23, o engenheiro agrônomo, MBA em agronegócios por uma universidade francesa, Samuel Bortolin. Filho de agricultores e pecuaristas gaúchos, o gerente de produtos da Mosaic Fertilizantes, sabe muito bem a importância e a necessidade do pecuarista investir nas pastagens, o alimento mais barato para produção de carne e leite.
Pecuarista está lucrando mais que agricultor, afirma especialista
Pecuarista está lucrando mais que agricultor, afirma especialista: parte 2
“Eu comparo a adubação dos pastos como se fosse um carro. Usamos o automóvel, mas precisamos fazer manutenções constantes para que ele continue rodando. Na pecuária, esta prática deveria ser a mesma”, ressalta, acrescentando que a empresa conta com mais de 140 engenheiros agrônomos espalhados pelo Brasil e todos estão aptos a fazer diagnósticos e a orientar corretamente os produtores. “A regra básica para que o fazendeiro aumente a sua produtividade é algo simples, análise de solo”, disse. Somente um relatório da situação do solo é que vai estabelecer os procedimentos para correção das áreas.
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Bortolin também confirmou um novo recorde nas vendas de fertilizantes no Brasil em 2020, mais de 40 mi de toneladas para todas as culturas. Mesmo apesar do Brasil ainda ser dependente de insumos vindos de outros países (Segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos “ANDA”, 70% dos fertilizantes usados na agropecuária brasileira são importados), qualquer investimento em fertilizantes na pecuária sempre vai compensar, principalmente por causa deste novo patamar de valores do gado magro e gordo. O especialista orienta os pecuaristas a fazerem um planejamento prévio para a aquisição desses insumos, tanto pela garantia da entrega, quanto na economia do frete.
Já fiz análise de solo. Como e quando devo fazer a adubação da minha pastagem?
Este período de transição da seca para as águas é a época ideal para que o pecuarista faça a adubação das áreas de pastagens que receberão o gado. A recomendação é que o produtor tenha o auxílio de um técnico local para orientações e fuja da sub fertilização. Levantamentos apontam que o pecuarista brasileiro joga em média 3 quilos de adubo por hectare, enquanto que a recomendação (isso vai depender da análise do solo) é de, no mínimo, 50 kg por hectare.
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Confira a entrevista completa do especialista no link abaixo: