GESTÃO DE CUSTOS

Por que é importante separar despesas fixas e operacionais da fazenda?

Organização é o primeiro passo para o pecuarista entender onde o dinheiro entra e sai 

Por que é importante separar despesas fixas e operacionais da fazenda? (Foto: Pixabay).
Por que é importante separar despesas fixas e operacionais da fazenda? (Foto: Pixabay).

A gestão financeira de uma fazenda de pecuária exige que o produtor vá além da simples anotação de despesas.

No segundo episódio da série “A Conta do Boi”, o Doutor em Zootecnia Gustavo Sartorello, afirma que o passo crucial é classificar as despesas em duas categorias fundamentais: fixas e operacionais. Anotar sem classificar é como juntar recibos em uma caixa de sapato – os números existem, mas não servem para tomar decisões.

Confira:

Essa classificação, embora pareça simples, é a que separa o que é custo de base para sustentar a operação (custo fixo) do que é custo de atividade produtiva (custo operacional). Sem essa distinção, o produtor confunde movimento com resultado e não consegue identificar onde o dinheiro está realmente sendo perdido.

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O perigo dos custos fixos no caixa

O principal erro de gestão na pecuária é tentar economizar em itens operacionais (como suplemento, sanidade ou genética) e ignorar a pressão dos custos fixos. O especialista alerta que, quando a receita da fazenda cai, são os fixos que mais apertam o caixa, pois eles não variam com a produção.

  • Despesas fixas: são custos que existem mesmo que a produção seja zero. Exemplos: salários e encargos (13º, férias), energia, internet e honorários do contador.
  • Despesas operacionais: só ocorrem porque há animais no sistema e a produção está em andamento. Exemplos: nutrição, sanidade, reprodução, combustíveis, manutenções (máquinas e pasto) e arrendamento de terra.

O produtor deve monitorar o percentual de despesas fixas em relação ao total. Quanto maior esse percentual, menos flexibilidade a fazenda terá em momentos de crise ou de baixa no preço da arroba.

Assumindo o controle com disciplina e método

A gestão de custos não é um luxo, mas sim uma responsabilidade. Ao separar as despesas, o produtor deixa de ser refém do improviso e assume o controle do negócio.

A dica é ter critério e consistência: definir onde classificar despesas que geram dúvida (como impostos e taxas) e manter essa regra em todas as anotações. O erro não está em escolher o critério, mas em não ter um ou mudá-lo constantemente.

O próximo passo na gestão será aprender a separar os custos não operacionais e os investimentos. O especialista reforça a mensagem: “A conta do boi não perdoa. Ou você domina a conta, ou vai ser dominado por ela”.

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