
A gestão financeira na pecuária começa com o hábito mais simples e transformador: anotar.
Ao quadro “A Conta do Boi”, o doutor em Zootecnia Gustavo Sartorello, idealizador do ICBC (Índice de Custos de Bovinos Confinados) da Universidade de São Paulo (USP), explica que anotar tudo o que entra e sai da fazenda é o primeiro passo para criar uma consciência da necessidade de gestão e garantir que o esforço se traduza em resultado real.
Confira:
O especialista compara os números técnicos da produção (como ganho de peso e lotação) ao painel de um carro. Eles mostram que o negócio está em movimento, mas sem os indicadores econômicos, o produtor está dirigindo sem GPS. O risco é confundir movimento com resultado e insistir em uma rota que está gerando prejuízo.
O hábito de registrar cada despesa e receita é o que permite ao gestor enxergar a realidade e agir de forma estratégica.
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Os perigos da falta de gestão
Muitos produtores rurais, apesar da paixão pela terra e da dedicação diária, acabam “pagando para trabalhar” por falta de um hábito simples. A ausência de anotações e, consequentemente, de gestão, leva a erros que se acumulam ao longo do tempo. O prejuízo aumenta, as oportunidades de mercado são perdidas e a recuperação se torna cada vez mais difícil.
O primeiro passo para assumir o controle é criar uma rotina de gestão, que não precisa ser complicada. A gestão não exige que o pecuarista seja um expert em planilhas, mas sim que tenha a disciplina de registrar as informações para que a fazenda não seja conduzida “às cegas”.
A tarefa transformadora: papel e caneta
A tarefa inicial para o produtor é extremamente prática:
- Pegar papel e caneta.
- Anotar todas as despesas do mês (cada saída de dinheiro, grande ou pequena).
- Incluir a data, uma breve descrição e o valor.
Essa rotina básica é o que separa quem conduz o negócio pela intuição de quem o conduz pelo controle. Ao final de um período, essas anotações servirão como base para a criação de indicadores econômicos que vão, de fato, mostrar se a fazenda está no rumo certo.
O especialista alerta: a conta do boi não perdoa, e é preciso dominá-la para garantir a saúde financeira e a longevidade do negócio.
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