Por incrível que pareça, capim é o maior problema dos confinamentos no País

Confira a entrevista com agrônomo e pecuarista Maurício Velloso, presidente da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon)

Por incrível que pareça, o capim é o maior problema dos confinamentos no País. A fala é do agrônomo e pecuarista Maurício Velloso, presidente da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon).

Pode parecer um tanto confuso, mas o pasto tem um peso muito importante na atividade de confinamento de gado.

A forrageira é a responsável para levar animais até a terminação no cocho. Outro aspecto é o próprio estilo da terminação intensiva de gado.

“Muitos relacionam o confinamento de bovino, com o gado todo fechado, no cocho, mas a atividade vai muito além disso”, explica Velloso.

A engorda de bovinos em sistemas intensivos também abarca a terminação em semiconfinamento e a terminação intensiva a pasto.

Fique de olho no capim do gado!

Pasto rotacionado. Foto: Carlos Augusto de Miranda Gomide/Embrapa Gado de Leite
Pasto rotacionado. Foto: Carlos Augusto de Miranda Gomide/Embrapa

Para o dirigente da entidade, a premissa mais básica da pecuária brasileira – o capim –  ainda é negligenciada por muitos produtores.

Ela é o que faz a pecuária nacional ser a mais competitiva do mundo e reflete nos ganhos nas obtenções de margem do confinamento.

“O que torna imbatível o custo de produção na pecuária é justamente o milagre da produção forrageira tropical, por isso, o capim é tão preciso e é proibido o produtor perder pasto”, diz Velloso.

Foco na gestão dos confinamentos

Muito além da compra de boi: frigoríficos investem em serviços para ajudar o pecuarista
Confinamento de bovinos. Foto: Divulgação

Este ano, a terminação intensiva de bovinos deve chegar a cerca de 7 milhões de animais, um número jamais alcançado no País.

A evolução da atividade fez com que muitos pecuaristas se atentassem melhor aos números da atividade e olhassem para além da porteira.

“O pecuarista tem aprendido a lição, de forma geral. Muitos já sabem que precisam ser bons dentro da porteira, fora da porteira e na hora de comercializar seu produto”, diz.

O alerta vai para quem não está atento a isso e que pode fatalmente sair da atividade. Não deixe de conferir na íntegra a entrevista com o dirigente da Assocon no vídeo acima.