NUTRIÇÃO ANIMAL

Pesquisadora destaca as forrageiras mais adaptadas ao sertão brasileiro

Confira os destaques da alimentação para o gado na Caatinga na entrevista com a zootecnista e doutora em zootecnia Manuela Silva Libanio Tosto, professora da Universidade Federal da Bahia e membro da Comissão Nacional de Bem-Estar Animal do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV)

 Uma pesquisadora destacou quais as principais espécies de forrageiras que são mais adaptadas ao sertão brasileiro. Cada vez mais a ciência está trazendo mais soluções para a nutrição de rebanhos na Caatinga. Assista ao vídeo abaixo e confira.

Quem explorou as plantas forrageiras mais adaptadas foi a zootecnista e doutora em zootecnia Manuela Silva Libânio Tosto. Ela participou do programa Giro do Boi desta sexta-feira, 26.

“Temos um grande desafio para identificar forrageiras, conservar e manipular adequadamente no bioma nativo que é a Caatinga. Isso tudo mantendo esses animais sem perda de peso durante a seca”, diz a pesquisadora.

Tosto é professora da Universidade Federal da Bahia e membro da Comissão Nacional de Bem-Estar Animal do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV).

Estudos de forrageiras adaptadas à seca

Bovinos comendo palma forrageira direto no cocho. Foto: Divulgação
Bovinos comendo palma forrageira direto no cocho. Foto: Divulgação

A pesquisadora é uma das cientistas no País que têm desenvolvido estudos feitos no Nordeste brasileiro sobre a adaptação de forrageiras para o Semiárido.

Além disso, o trabalho envolve a identificação de plantas nativas com potencial forrageiro para o sertão brasileiro.

A palma forrageira é uma das plantas que estão no rol da pesquisa, mas há outras opções para a nutrição de bovinos.

“Tem outras outras forrageiras também que a gente pode citar como nativas, como as  euforbiáceas, como a pornunça e a maniçoba que são bastante ricas em proteínas totais”, diz Tosto.

Muitas espécies podem trazer um grande potencial para o sistema forrageiro no semiárido brasileiro.

Rebanho de bovinos no Nordeste

Vacas Nelore no município de Campina Grande (PB). Foto: Divulgação
Vacas Nelore no município de Campina Grande (PB). Foto: Divulgação

O rebanho bovino no Nordeste brasileiro cresceu bastante. Atualmente ele está estimado em cerca de 30 milhões de cabeças.

Por isso, a importância da alimentação do gado e de alternativas para que possam manter a produção de proteína de qualidade pela região. 

“O desafio de fornecer palma para o gado é a quantidade de carboidrato. A palma tem uma grande quantidade carboidrato solúvel e fornecendo como alimento único”, alerta a pesquisadora.

O alimento pode causar diarreia nos bovinos. Por isso, a opção é associar uma forrageira com teor de fibra adequado.

Além disso, a palma é pobre em proteína. Para fornecer a quantidade necessária, então é importante entender e conversar com profissionais da área para que não haja deficiência nutricional e nem problemas digestivos nos animais.

Recadastramento on-line de profissionais de medicina veterinária

Presidente do CFMV alerta sobre o recadastramento on-line
Exemplo da nova cateira digital para médicos veterinários e zootecnistas. Foto: Divulgação

A especialista também lembrou sobre o recadastramento de profissionais da medicina veterinária e de zootecnia desde o início deste ano de 2023.

O recadastramento pode ser feito no site do CFMV pelo link https://www.cfmv.gov.br/recadastramento/.

O recadastramento não é obrigatório. Porém, ao se recadastrar, o profissional mantém seus dados atualizados perante o seu regional e o CFMV.

Isso facilita a comunicação entre as partes, além de ter acesso às novas cédulas (física, em policarbonato, e digital).