O pecuarista ganhou um reforço para controlar de modo mais prático e seguro as chamadas praguinhas moles, ou as plantas daninhas anuais e bianuais, conforme anunciou no Giro do Boi desta quarta, dia 02, o engenheiro agrônomo e gerente de marketing de campo da Corteva Agriscience, Gustavo Tofoli, referindo-se aos produtos da linha Ultra-S, recentemente lançada pela companhia.
“(Os produtos atuam) No controle das plantas anuais e bianuais. Para o pecuarista, as chamadas praguinhas moles, que hoje chegam a quase 50% de infestação em todo o Brasil. A tecnologia Ultra-S é ideal para isso. E qual o ganho do pecuarista? Por que a gente está falando tanto nisso? Porque ela é uma ação concentrada”, especificou o especialista.
+ No Dia do Pecuarista, Brasil ganha uma nova linha de herbicidas
Com princípio ativo concentrado em sua fórmula, o produto facilita a ação do pecuarista, conforme detalhou Tofoli. “É uma redução 50% de embalagem. Isso tem vários significados na cadeia, de logística, de devolução, de entrega, isso é menos CO2 e é a busca da sustentabilidade na pecuária. E, lógico, auxiliando o pecuarista a controlar as plantas daninhas dentro do pasto dele para que ele fique mais gramado e para que ele atinja algo que é muito importante hoje, que é a principal busca, a quebra de paradigma do setor, a produtividade, mais quilos de carne (ou leite) por hectare que ele vai produzir no final”, sustentou.
O especialista respondeu ainda o que significa a letra ‘S’ que sucede o nome da tecnologia, motivo de curiosidade de diversos produtores. “Esse ‘S’ tem uma força muito grande de nome que está conectada a quatro pontos: de sustentabilidade, de sucesso aos pecuaristas, de aspecto socioeconômico, já que ele tem que ganhar dinheiro com a profissão e quem está ao redor dele também, e sobretudo de sinergia entre a indústria, parceiros, comunidade, todos juntos. Com esse simbolismo do S, a gente vai construir junto uma pecuária brasileira mais forte. E fica registrado o compromisso da Corteva, assim como da tecnologia Ultra-S – e as próximas que virão […] – todas elas vão seguir com esse S no final para simbolizar este compromisso muito importante que a Corteva tem com os pecuaristas e com o setor da pecuária brasileira”, revelou.
De acordo com o agrônomo, o lançamento da tecnologia ocorre dentro de um contexto em que os produtores avançam em gestão e passam a agrupar cálculos de resultados e custos por hectare.
“O pecuarista hoje está entendendo que […] para ele produzir mais, ele vai ter que investir, ele precisa colocar o pasto dele para girar com alta eficiência, e para isso ele vai ter que fazer vários manejos, inclusive de plantas daninhas. O mais importante é que agora ele está fazendo a conta não pelo custo do saco de adubo ou de litro de produto, por exemplo, mas sim por hectare. Isso ajuda muito a unificar o custo”, valorizou.
+ Quantas arrobas por hectare eu devo produzir para ter uma fazenda lucrativa?
+ Conheça 3 fórmulas para calcular lucro previsto de fazenda de gado de corte
Tofoli ilustrou sua declaração para colocá-la em contexto. “Para entender melhor, eu vou dar um exemplo – e não se apeguem aos números, pois são ilustrativos. Mas vamos falar de um curral que hoje custa em torno de R$ 70.000,00. Se o pecuarista constrói um curral hoje para 200 animais, que seria a capacidade de lotação que ele tem na propriedade, ele tem que dividir o custo do curral por 200 animais, ao passo que se ele aumenta a taxa de lotação, vou exagerar para 2.000 animais, o custo do curral é o mesmo, mas ele vai dividir por 2.000 cabeças. Então veja quantos ganhos diretos e indiretos ele tem com o investimento no capim, com investimento na produtividade, visando quilos de carne por hectare no final. Isso é impressionante e esse é o pensamento que os pecuaristas estão caminhando e estão chegando lá. Nós já formamos uma das melhores pecuárias do mundo, mas vamos seguir na ponta, avançando graças a esse imenso número de amigos pecuaristas que temos pelo Brasil afora”, reconheceu.
+ Livrar pasto da “concorrência” reduz custo de produção e idade de abate
O agrônomo alertou ainda para o retrocesso que o controle das plantas daninhas com as roçadas pode representar para as propriedades. “É o controle mecânico, ele é correto, todo mundo pode fazer. Mas assim como tudo na vida, tem vantagens e desvantagens e eu quero focar aqui na desvantagem porque ele corta a planta daninha e deixa propágulos no solo, ou seja, ela ainda vai voltar. Esta planta daninha vai voltar nas primeiras chuvas e a desvantagem principal, que para mim é a mais marcante, é que ele, além de cortar a planta daninha, corta o pasto dele, corta aquilo que ele investiu. Ele está cortando o investimento que ele fez. Quando a roçadeira passa, ela não corta só a planta daninha, ela corta o capim”, advertiu.
+ Especialista compara uso de roçadas com controle químico de plantas daninhas
+ Veja recomendações de uso e janela de aplicação dos novos herbicidas Ultra-S
Assista a entrevista com Gustavo Tofoli pelo vídeo a seguir:
Foto ilustrativa: Reprodução / Pasto Extraordinário