A PROTAGONISTA

Pecuarista de Ituverava é pioneira na certificação de fazendas em SP

Cláudia Junqueira, dona da primeira fazenda certificada do estado, apostou na rastreabilidade e na tecnologia de transferência de embriões, liderando o desenvolvimento do setor

Pecuarista Cláudia Junqueira (Foto: Reprodução/Giro do Boi).
Pecuarista Cláudia Junqueira (Foto: Reprodução/Giro do Boi).

A pecuária paulista tem em Cláudia Junqueira, de Ituverava (SP), um exemplo de pioneirismo e visão de futuro.

Ela é a proprietária da primeira fazenda certificada do estado de São Paulo, tendo feito a adesão à rastreabilidade bovina em um momento em que a sustentabilidade e a tecnologia ainda eram incipientes no setor. Essa atitude antecipada de olhar para a modernidade é o que define o compromisso do pecuarista brasileiro com o avanço.

A adesão à rastreabilidade foi um marco, mas a paixão pela inovação de Cláudia Junqueira remonta a décadas: a pecuarista participou do primeiro leilão de prenhezes de embriões no Brasil. Ela foi uma das primeiras a fazer a transferência de embrião em bovinos, em um período em que a tecnologia era vista com descrença pelos fazendeiros mais tradicionais.

Confira a entrevista completa com Cláudia ao quadro “A Protagonista”:

Tecnologia e o monstro brasileiro

O investimento em biotecnologia fez do Brasil uma potência global em reprodução animal. O país, que importou a tecnologia de transferência de embriões (TE) do exterior, hoje é líder em número de procedimentos no mundo, com resultados que estão “anos luz na frente” de outras nações.

A pecuarista celebra o fato de que o brasileiro é “guerreiro, ele é corajoso, ele é investidor” e sempre busca o avanço. Essa mentalidade é a mesma que impulsionou o país em outras culturas, como a cana-de-açúcar.

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O agro salvando o país com energia limpa

A visão de futuro não se restringe à genética. Cláudia Junqueira destaca o sucesso da cogeração de energia a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Essa tecnologia, da qual sua família foi precursora, é fundamental para o país:

  • Sustentabilidade: a queima do bagaço da cana gera energia para cidades do interior, como São Joaquim da Barra e Orlândia.
  • Segurança energética: o bagaço entra em cena na época de seca, que é quando falta o recurso hídrico nas usinas hidrelétricas, as principais fontes de energia do país.

O exemplo da pecuária de Ituverava mostra que a certificação e a rastreabilidade são passos naturais para a modernização do setor, garantindo a qualidade do rebanho e a sustentabilidade da produção.

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