O produtor rural brasileiro ocupa posição de destaque por ser um dos mais produtivos e sustentáveis de todo o mundo. E uma nova tecnologia está aliando as duas características, preservando o meio ambiente ao passo que auxilia o pecuarista com o aumento de sua taxa de lotação e consequente desfrute.
Lançada em 2018 pela Corteva Agriscience, divisão agrícola DowDuPont, a linha XT de herbicidas para pastagens soluciona um grave problema da bovinocultura do país, o controle de plantas daninhas lenhosas e semilenhosas. São cerca de 60 milhões de hectares de pastagens em algum estágio de degradação. Mas até então, combater as áreas de infestações com estas plantas mais duras era possível somente com aplicação no toco ou basal, sendo que o manejo era limitado por conta da maior necessidade de mão de obra especializada, algo cada vez mais raro de se encontrar.
Com a possibilidade de aplicação em área total para muitos dos casos das infestações, o pecuarista tem mais facilidade para realizar este manejo. É o que está ocorrendo com Enoí Scherer, que tem propriedade em Tunápolis, Oeste de Santa Catarina, onde faz recria e engorda de 620 cabeças em 170 hectares. Ele foi o primeiro pecuarista do estado a utilizar a tecnologia XT e, satisfeito com a eficácia do produto, já projeta aumento de cerca de 30% em sua taxa de lotação, saltando para mais de 800 cabeças.
Enoí foi um dos convidados do Giro do Boi desta terça, dia 29, em que detalhou sua experiência positiva com a inovação. “Estas novas tecnologias, como é a do XT, vêm para contribuir e poluir menos o meio ambiente. Esta é uma preocupação que todos nós temos. Nós temos que preservar, mas ao mesmo tempo temos que produzir”, disse o produtor. “Ele é faixa verde, é menos agressivo para o meio ambiente, tem pouco cheiro e baixa carência e atinge também as plantas lenhosas com estágio um pouco mais avançando porque é mais completo”, completou.
“Podendo produzir mais (pasto), na mesma área a pessoa vai pode estar dobrando, até triplicando a lotação animal naquela área. Onde você tem 0,5 ou 0,3 unidade animal por hectare, você pode passar para 1, 1,5, até 2 UA/ha muito facilmente porque você está produzindo mais capim e pode ter mais lotação. […] Esse produto foi desenvolvido para entrar numa lacuna que tinha nos herbicidas para pastagens. Existia o controle fácil de algumas plantas, as plantas herbáceas, e quando entrava nas plantas de mais difícil controle, você tinha que abrir mão e dar ou aplicação no toco ou basal porque as plantas não eram controladas via foliar. E este produto entrou exatamente neste nicho, no combate a plantas de difícil controle de forma foliar, que é de maior rendimento”, endossou o engenheiro agrônomo e mestre em solos e nutrição de plantas Neivaldo Cáceres, pesquisador da linha de pastagens da Corteva Agriscience.
Veja as entrevistas completas com Neivaldo Cáceres e Enoí Scherer pelo vídeo abaixo: