ORGULHO DE SER PECUARISTA

Paulista é um dos pioneiros em técnica de IATF no norte de Mato Grosso

Conheça a história do pecuarista Jorge Basílio, titular das fazendas Coroados e Vitória Régia, em Juína (MT)

Um paulista foi desbravar o Centro-Oeste brasileiro e acabou sendo um dos pioneiros na disseminação de técnicas de inseminação artificial por tempo fixo (IATF) na região norte de Mato Grosso. Assista ao vídeo abaixo e confira essa história.

O desbravador foi o produtor rural e pecuarista Jorge Basílio, 72 anos, titular das fazendas Coroados e Vitória Régia, em Juína (MT), na região do Vale do Arinos.

Ele esteve no estúdio do Giro do Boi nesta quinta-feira, 2, para contar um pouco de sua trajetória no quadro “Orgulho de ser pecuarista”.

“Eu me orgulho de ser pecuarista porque amo a atividade que faço que é produzir proteína vermelha de qualidade para o Brasil e para o mundo”, diz Basílio.

O produtor foi junto com seu filho Douglas que também segue os passos do pai juntamente com o irmão, Diogo.

“A pecuária está no meu sangue, por isso também me orgulho de ser pecuarista”, diz Douglas.

A família de produtores constituiu um grande patrimônio genético de raças como Nelore, Senepol e a japonesa Wagyu.

A vida na roça está no sangue

Retratos de família: José Basílio, com os filhos e a esposa, na foto acima; e com sua mãe, na foto abaixo. Foto: Montagem/Acervo Pessoal
Retratos de família: Jorge Basílio, com os filhos e a esposa, na foto acima; e com sua mãe, na foto abaixo. Foto: Montagem/Acervo Pessoal

Assim como a vida na fazenda está no sangue do filho Douglas, também foi do mesmo jeito para Basílio. O produtor rural é um dos nove filhos de um casal incomum para a época: um mineiro com uma japonesa.

Natural do município de Pirapozinho (SP), o produtor começou na pecuária em meados do início da década de 1980, no interior paulista e também na região norte do Paraná.

Sua família sempre foi apaixonada pelo campo, e logo veio a ideia de desbravar o centro-oeste, primeiro em Mato Grosso do Sul e depois em Juína (MT).

Desenvolvimento de genética bovina

Bovinos da raça Nelore da criação de José Basílio. Foto: Acervo Pessoal
Bovinos da raça Nelore da criação de José Basílio. Foto: Acervo Pessoal/Jorge Basílio

O trabalho do produtor em melhoramento genético começou com a raça Nelore em meados dos anos 2000.

“Começamos com animais de livro aberto (LA) até chegarmos a um rebanho de animais puros de origem (PO)”, diz Douglas.

Além de ter rebanho comercial e de genética, a fazenda possui um trabalho focado com as raças Senepol, desde 2007, e a japonesa Wagyu, desde 2008.

“O Wagyu surgiu de uma curiosidade que tivemos sobre a raça, e também é parte da minha herança japonesa, pois o gado é uma raça milenar”, diz Basílio.

O trabalho bem definido com as raças tem aprimorado a qualidade de carne da fazenda que hoje é uma das grandes fornecedoras para a linha premium 1953 da Friboi. 

Sucessão familiar natural

Gado de cruzamento entre Senepol e Wagyu. Foto: Acervo Pessoal
Gado de cruzamento entre Senepol e Wagyu. Foto: Acervo Pessoal/Jorge Basílio

A decisão dos filhos de Basílio em dar continuidade aos passos do pai foi um processo muito natural.

“Nunca os forcei a continuar na lida na fazenda, no entanto, fico feliz por eles estarem dando continuidade aos negócios da família”, diz Basílio.

Douglas, por exemplo, que é formado em ciências agrárias, está ajudando a fazenda a galgar mais degraus rumo a uma pecuária cada vez mais produtiva e lucrativa.

O projeto para este ano de 2023 é estabelecer o desafio das precocinhas, emprenhando novilhas de 13 a 14 meses, tirando um bezerro e, depois, abatendo as fêmeas com cerca de 28 a 30 meses.

Assista a entrevista completa no vídeo acima e confira os detalhes do trabalho da família de pecuaristas no norte de Mato Grosso.