
A eficiência da pecuária durante o período de seca depende diretamente da qualidade da mistura do suplemento oferecido aos animais em diferimento.
Em mais um episódio da série “Na seca o pasto pode secar, mas o boi não”, o zootecnista Iorrano Cidrini, especialista em nutrição, alerta que a correta formulação e a homogeneidade da mistura feita na fazenda são cruciais para que o animal consiga processar a fibra do pasto, que perde proteína e qualidade na estiagem.
Segundo ele, o principal objetivo da suplementação na seca é corrigir o baixo teor de proteína bruta do pasto diferido. Essa proteína é o “combustível” essencial para as bactérias do rúmen, que degradam a fibra de baixa qualidade e garantem o maior consumo de forragem pelo animal, resultando em desempenho superior.
Confira:
Proteína e ureia: o motor do rúmen
A composição da proteína do suplemento é crucial. O animal em seca exige tanto a Proteína Verdadeira (PDR – de fontes como farelo de soja ou DDG) quanto o Nitrogênio Não Proteico (NNP), que deve ser prontamente disponível para as bactérias do rúmen.
- Ureia (NNP): é o principal ingrediente para fornecer esse nitrogênio na forma mais pura. A ureia atua como uma “faísca” que aciona o rúmen, acelera o metabolismo das bactérias e garante substrato para o crescimento.
- Nível de inclusão: em proteinados, o nível de inclusão de NNP pode ser alto. É recomendado garantir que cerca de 50% a 2/3 da proteína bruta do suplemento venha de NNP para maximizar a utilização da fibra.
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Fatores de controle e a gestão da mistura
O produtor que faz a mistura do suplemento na fazenda pode obter uma economia de 20% a 30% no custo final do produto. No entanto, o sucesso depende da estrutura e do treinamento da equipe para garantir que o suplemento entregue a composição nutricional adequada em cada bocado.
Outros fatores cruciais para a eficiência são:
- Regulação do consumo: o nível de inclusão de sal comum e ureia atua diretamente na regulação do consumo do suplemento.
- Aditivos (Monensina): aditivos como a monensina ajudam a manipular a fermentação ruminal e a regular o consumo. Isso é especialmente importante em confinamentos com espaçamento de cocho inadequado, garantindo que o lote tenha um desempenho mais uniforme.
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