No novo episódio do quadro “Dicas do Scoton”, exibido no programa Giro do Boi, o zootecnista Maurício Scoton, professor da Universidade do Agro (Uniube), esclarece uma dúvida fundamental de muitos pecuaristas: qual suplemento usar no pastejo diferido durante a seca? Assista ao vídeo e confira as recomendações completas.
A resposta, segundo o especialista, começa antes mesmo da escolha do suplemento. O erro mais comum nas fazendas é não dimensionar corretamente quanto de pasto está disponível e por quanto tempo ele vai durar.
Suplementação só funciona se o pasto for suficiente
Segundo Scoton, o suplemento serve para corrigir deficiências nutricionais do pasto e garantir desempenho do gado.
No entanto, se o produtor começar a suplementar bem no início da seca, mas o pasto acabar antes do fim da estação, o ganho de peso será comprometido e o custo da suplementação aumenta muito.
“O suplemento não substitui o pasto, ele apenas complementa. O nome já diz: suplemento é para acrescentar”, reforça o professor.
A dica de ouro é clara: avalie a massa de forragem disponível e dimensione a lotação adequada, seja por meio de experiência técnica ou uso de tecnologia como drones e imagens aéreas.
Como escolher o suplemento ideal para o gado?
A definição do suplemento mais indicado depende de três fatores principais:
- Objetivo de ganho de peso:
- Garrotes que precisam engordar 400 a 600 g por dia.
- Vacas solteiras apenas para manutenção.
- Novilhas que entrarão na reprodução e precisam ganhar 200 a 300 g/dia.
- Garrotes que precisam engordar 400 a 600 g por dia.
- Tipo de suplemento:
- Sal ureado: ganho baixo, entre 50 e 100 g/dia, ideal para manutenção.
- Proteinado 0,1% do peso: cerca de 300 g/dia de suplemento para um animal de 300 kg; ganhos entre 300 e 400 g/dia.
- Proteinado 0,3 a 0,5% do peso: indicado para lotes com destino ao confinamento, com maiores exigências de desempenho.
- Sal ureado: ganho baixo, entre 50 e 100 g/dia, ideal para manutenção.
- Oferta de forragem:
- Se o pasto acabar, é preciso entrar com volumoso como silagem ou feno. Sem isso, a suplementação perde o sentido.
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Manejo inteligente é a base da lucratividade no pastejo diferido
Scoton deixa claro que não existe fórmula mágica. Cada propriedade deve adequar sua estratégia de suplementação de acordo com o pasto disponível, o perfil do rebanho e os objetivos produtivos.
“Não adianta investir em suplemento se o pasto acabar no meio da seca. Isso encarece demais e frustra o planejamento”, alerta.
O pastejo diferido é uma excelente estratégia para enfrentar a seca, mas só traz resultados com planejamento adequado da lotação e suplementação.
Avaliar a oferta de pasto, definir o nível de desempenho desejado e escolher o suplemento compatível são passos essenciais para transformar forragem acumulada em arrobas lucrativas.
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