Parceria pública vai desenvolver calculadora de emissões e incentivar produção sustentável

Calculadora poderá ser utilizada por diversos programas cujos fins são o incentivo à agropecuária de baixo carbono; veja detalhes da parceria entre BNDES e Mapa

No últimos mês de fevereiro, no dia 23, BNDES e Mapa assinaram acordo de cooperação técnica para incentivar a redução da emissão de gases que causam efeito estufa vindos da pecuária brasileira. O objetivo desta iniciativa é elaborar uma espécie de medidor do grau de emissão dos gases pelas fazendas e, assim, pontuá-las do pasto até o prato do consumidor em relação ao quanto foi emitido de gases por aquele produtor. Já numa segunda fase, o acordo propõe mecanismos que estimulam estratégias e modelos de negócios voltados para os investimentos de baixo carbono.

Agora em abril deve começar a primeira ação prática da assinatura deste acordo, que é a publicação do edital de seleção para empresas e instituições de pesquisas interessadas em desenvolver este estudo.

Quem falou sobre o assunto em entrevista ao Giro do Boi nesta segunda, dia 04, foi Soraya Araújo, coordenadora geral de mudanças climáticas e agropecuária conservacionista do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

“A primeira fase desse acordo prevê o desenvolvimento de uma ferramenta. Essa ferramenta é a calculadora. E essa ferramenta é exclusiva para determinar as emissões de gases de efeito estufa. Ela poderá ser usada de várias maneiras ou por diversas políticas públicas, dentre elas o Plano ABC+. Nesse contexto, ela poderá ser usada também como ferramenta para incentivos financeiros e para beneficiar o produtor. E é muito importante deixar claro aqui que essa ferramenta vem para somar. Ela é uma ferramenta inclusiva e que, a partir do momento que o produtor adota as tecnologias preconizadas pelo Plano ABC, que são tecnologias sustentáveis, ele poderá se beneficiar dessa calculadora, tendo no futuro incentivos para a sua produção”, disse Araújo em síntese.

“Todas essas ferramentas, essas calculadoras, como a gente chama, a gente sempre preconiza que são ferramentas inclusivas. Ela não vem no sentido de penalizar esse ou aquele tipo de produtor. O que a gente está querendo é com a aplicação e implementação de tecnologias sustentáveis dentro da propriedade”, confirmou.

Pelo vídeo a seguir é possível acompanhar a entrevista completa com Soraya Araújo, coordenadora geral de mudanças climáticas e agropecuária conservacionista do Mapa:

Foto ilustrativa: Reprodução / Embrapa