Para seguir exportando, Brasil precisa estar atento a questões sanitárias e ambientais

Consultor fez alerta para que país não cometa erros na reforma do sistema de controles de exportações proposta pelo novo governo

Nesta segunda, 18, o Giro do Boi levou ao ar entrevista com o consultor Jogi Humberto Oshiai, pós-graduado em comércio internacional, mestre em gestão de empresas e em política internacional e sócio de empresas brasileiras do setor de agronegócios e fusões e aquisições além de diretor de um escritório de advogados europeus especializado em comércio internacional.

O especialista, que falou direto de Bruxelas, na Bélgica, insistiu na importância da questão sanitária para que o Brasil continue como principal exportador de carne bovina de todo o mundo, sobretudo atendendo a mercados exigentes como a União Europeia, cuja fidelização é necessária não somente pelas vendas em si, mas pelo status do produto nacional ao atender clientes com alto padrão dos pontos de vista de qualidade e inocuidade.

“Eu acredito que a tecla a continuar batendo, que é válida e não mudou, é a questão sanitária. Este é um tema de bastante relevância hoje, especialmente para a indústria exportadora, na medida em que o novo governo cogita em fazer uma reforma na parte do sistema de controles”, disse. Segundo Oshiai, o governo deve estar atento para evitar medidas inoportunas nesta reforma que ele julga necessária, mas que possam entrar em conflito com as exigências dos compradores.

Do ponto de vista de qualidade, o especialista recomendou atenção para o tipo de animal que está sendo demandado pelos clientes. “Os demais países dos quais nós somos parceiros já estão exigindo animais mais jovens”, frisou.

Durante a entrevista, o consultor pediu também reforço da comunicação sobre a sustentabilidade da bovinocultura brasileira a fim de ressaltar seus diferenciais. “Nós temos que comunicar isso no nosso mercado interno e mundo afora porque existe ainda inclusive resistência de contatos nossos que acreditam que a agricultura e a pecuária destroem o meio ambiente no Brasil, o que é uma grande mentira. Então nós, produtores, indústrias, temos que veicular melhor as informações para que este tipo de informação chegue nos nossos parceiros comerciais também”, alertou.

Veja a entrevista completo no vídeo abaixo:

O consultor deixou à disposição seu e-mail para possíveis dúvidas de agentes da cadeia produtiva da carne bovina: [email protected].