São 1.100 caminhões conduzidos por um time de 1.400 motoristas e uma equipe total de 1.800 colaboradores em todo o Brasil. A TRP, empresa de transportes do grupo JBS, montou uma operação especial para que os veículos estivesse sempre em movimento, evitando o desabastecimento tanto de alimentos como de produtos de higiene e limpeza ao longo deste período crítico de pandemia.
Para falar das medidas tomadas neste período, o diretor da TRP Ricardo Gelain falou ao quadro Giro na Estrada desta sexta-feira, 24. “A gente está foco muito grande, ou seja, o trabalho tem que continuar. Nós, do agronegócio, não podemos parar, a equipe sabe da importância que tem. Então, além de continuar o trabalho, tem atenção redobrada com uma série de procedimentos de controle de qualquer tipo de propagação do vírus”, contextualizou.
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Gelain lembrou que assim que foi declarada oficialmente a situação de pandemia, as lideranças da empresa buscaram dentro da companhia todo o conhecimento técnico disponível para definir a estratégia da logística com um plano de proteger seus colaboradores e continuar a operação, dada a importância do setor. “Passamos a mapear dentro da equipe da transportadora quem eram as pessoas com maior risco, onde elas estavam, para ver como protegê-las. Depois disso nós definimos um plano de como proteger toda a equipe para que ela pudesse continuar operando. […] A gente não pode parar, mas para não parar, o mais importante é proteger a as nossas pessoas, o bem mais importante que a gente tem na nossa empresa”, contou.
O diretor informou que a transportadora tem ao todo 1.100 veículos, um time de 1.400 motoristas e, ao todo, uma equipe de 1.800 funcionários. “Que todos os dias levantam cedo, suam a camisa para cumprir a nossa missão”, reforçou.
Gelain detalhou como está funcionando, na prática, a sintonia entre as equipes de suporte e os motoristas neste momento. “Os EPIs nós distribuímos para toda equipe, a gente está falando de viseira de proteção facial, álcool em gel, kit de higienização da parte interna dos veículos, então tudo isto já foi distribuído. Nós temos hoje nas fábricas quando os nossos motoristas chegam e saem do trabalho medição de temperatura em todas as pessoas que entram nas unidades. Nós afastamos os colaboradores acima de 60 anos e vulneráveis para que pudéssemos protegê-los da melhor maneira. Seguimos o monitoramento diário da equipe de quem tem qualquer suscetibilidade como hipertensão, diabetes, entre outros, aplicamos a campanha de vacinação da gripe para todo o time, no caso vacina para H1N1, que nós temos visto que ajuda também o sistema imunológico das pessoas, então a gente não está medindo esforços para protegê-los para que eles possam executar os seus trabalhos”, explicou o diretor.
Gelain respondeu também como o time de suporte da transportadora ajudou os motoristas no período até então mais crítico da pandemia, quando diversos postos de combustíveis fecharam suas áreas de refeições e descanso para os motoristas.
“Estava muito difícil conseguir informações com qualidade, então a gente não sabia muito bem quais postos estavam operando, quais não. Houve um período que a maioria dos postos manteve só parte de abastecimento funcionando e a parte de refeição e descanso de motoristas não estava operando. Primeiro nós envolvemos equipe da Seara e Friboi, as divisões da JBS, então os nossos motoristas podiam passar nas fabricas para pegar marmita para continuar a viagem. Segundo, nos temos uma central de gerenciamento de risco própria, que nos ajudou muito neste momento porque nós passamos a monitorar os postos das nossas principais rotas, saber quais estavam operando para refeição, para o pouso dos motoristas e passamos a informá-los em tempo real. Buscamos sempre estar um passo à frente dos nossos motoristas para que quando ele chegue no posto ele saiba que tipo de estrutura ele vai encontrar funcionando ou não para continuar a jornada”, complementou.
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Gelain disse que embora este período crítico, de maneira geral, esteja com um cenário mais equilibrado, os desafios variam entre municípios ou estados que adotaram medidas mais ou menos rígidas de quarentena, mas reforçou que o importante foi a manutenção das atividades apesar dos obstáculos. “Esta equipe tem demonstrado o DNA da JBS, a paixão pelo que eles fazem. Então a gente vai enfrentando uma série de barreiras e cada uma a gente senta, junta o time, discute, vê qual é a melhor saída para aquilo e executa de forma rápida. Acho que a velocidade e a assertividade neste momento são cruciais”, celebrou.
Gelain destacou ainda que a missão da empresa neste momento não está somente no abastecimento de clientes nos supermercados ou na panha do boi nas fazendas fornecedoras, como também levar produtos de necessidade básica, muitos deles doações das próprias companhias do grupo, a comunidades mais carentes. “A missão a gente tem que cumprir. Nós temos que fazer chegar seja o alimento na mesa das famílias brasileiras, seja outros produtos que a JBS produz que agora são tão importantes para a parte de higiene do País”, concluiu
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Assista o quadro Giro na Estrada na íntegra no vídeo abaixo: