O ideal é ter lavoura e pecuária juntas ou separadas? A dúvida foi respondida em mais um episódio da série Sistema São Matheus no programa Giro do Boi desta quarta-feira, 28.
O sistema é um modelo de integração lavoura-pecuária (ILP) para a região do bolsão sul-mato-grossense. O engenheiro agrônomo Mateus Arantes apresentou o quadro.
Arantes junto com o time de pesquisadores da Embrapa ajudaram a validar este sistema desde 2012.
Avaliação financeira do sistema
“O que vai mandar é o lucro no final. É o banco. Se a tua conta ficar positiva os dois sistemas são bons”, diz Arantes.
Para o pecuarista que não quer entrar com a lavoura, existem várias alternativas. Elas podem ser de nível menos intensivo ou mais intensivo.
Sistemas regenerativos, por exemplo, podem dar um retorno de R$ 1.000 a R$ 1.500 por hectare. Nesse tipo de manejo é feito só a pecuária, divisão de pastagem, boa oferta de água e pouca adubação.
“Mas segue com um manejo diferenciado. Um treinamento diferenciado para mão de obra nesse sistema. É possível ter lucro bons lucros e até competir com uma área de lavoura”, diz Arantes.
Intensificação da pecuária
Com o confinamento é possível fazer a comida para esses animais de maneira barata. Mas aí, nesse caso, a agricultura passa a fazer parte também do sistema.
“Dentro desse processo entra a soja, o milho e o sorgo e fechar esse ciclo dentro da fazenda”, diz Arantes.
O porém é que saindo de um sistema menos intensivo para um mais intensivo, o sistema fica mais complexo.
Isso vai requerer uma maior gestão do recurso e uma atenção especial ao fluxo de caixa da propriedade.