O cloro que eu compro contém algicida. Posso usar no bebedouro do gado?

Telespectadora lembrou que o cloro que compra para tratar a água do gado vem com outros produtos em sua formulação e quer saber se pode ser tóxico para os animais

Em participação no Giro do Boi desta sexta-feira, dia 05, o médico veterinário Fernando Loureiro esclareceu mais dúvidas enviadas por Gabriele Favaretto, de Rochedo, município do Mato Grosso do Sul.

Ela ponderou que os produtos à base de cloro disponíveis para venda – e que servem para o tratamento de água servida para o gado – têm geralmente elementos agregados à sua fórmula, como algistáticos, algicidas, floculantes e clarificantes. Portanto, ela quer saber se tem problema servir o cloro com estes elementos para os animais.

O veterinário assegurou que os produtos podem ser usados e são, inclusive, recomendados. “Os produtos com algicida são extremamente interessantes e devem ser usados para o controle de crescimento das algas, crescimento do lodo e do limo dentro dos bebedouros. Então eles vão ter a dosagem, a recomendação do fabricante e deve sempre se tomar cuidado só com essa dosagem, obedecendo 1 a 3 PPMs (partes por milhão), ou seja, 1 a 3 gramas de cloro para cada mil litros de água”, ressaltou.

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O veterinário sugeriu algumas formas de aplicar o cloro à água servida para o gado. “Você vai colocar esse cloro já disponível no bebedouro, pode ser no formato granulado. Você dissolve ele um pouco antes ou usa as pastilhas também. E tem até flutuadores para pastilhas. Pode ser usado um flutuador feito na própria fazenda, como aqueles feitos a partir de flutuadores de espuma, usados para aula de aeróbica, ou com garrafa pet. Tem várias formas que eu recomendo e se você quiser pode nos procurar que a gente passa algumas dicas de como usar esse cloro”, disse, colocando-se à disposição.

Na sequência, Fernando fez um alerta. “Importante é não usar o cloro, por exemplo, para sete dias ou para dez dias, multiplicando esse valor como se ele fosse ser todo utilizado por dia, e diluir uma dosagem muito alta num momento inicial, já que você não vai poder, na fazenda, impedir os animais de terem acesso à água durante os primeiros dias. Então coloque a dosagem e vá acompanhando”, sugeriu.

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“O ideal é que você use o cloro pela quantidade certa no reservatório central que vai distribuir água para todos os bebedouros. O mais importante é ficar atenta à leitura do bebedouro para que faça a limpeza frequente das paredes, remoção da matéria orgânica, remoção do lodo, do limo e estar sempre assegurando uma água nova, de qualidade, a reposição, a taxa de vazão de preenchimento bem interessante”, instruiu.

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Em sua mensagem enviada ao Giro do Boi, Gabriele também perguntou qual o pH ideal para se manter a água do bebedouro durante o tratamento com cloro. “Eu recomendo o uso daquelas tirinhas que são vendidas em casas de produtos para piscina, que apontam a dosagem do teor de cloro e do pH da água e vai te dar um indicativo bastante interessante sobre quando acrescentar. Todos esses produtos são benéficos”, aconselhou.

A telespectadora também teve esclarecida sua dúvida em relação a eventuais problemas do uso de cloro em bebedouros metálicos, cuja pintura é feita com epóxi. “No rótulo do produto, o fornecedor vai poder te informar melhor se existe algum risco de aumentar a oxidação ou a ferrugem nos bebedouros metálicos. Mas os bebedouros normalmente já têm aquela tinta de proteção, então você pode usar sem receio”, confirmou.

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Qual é a sua dúvida sobre qualidade da água para gado de corte? Envie para o Whatsapp do Giro do Boi, pelo número (11) 9 5637 6922 ou ainda pelo e-mail [email protected].

Veja a participação completa de Fernando Loureiro no Giro do Boi e sua resposta à telespectadora: