O Hospital de Amor, antigo Hospital do Câncer de Barretos, atendeu no ano passado vinte mil pacientes a mais do que em 2016. Foram ao todo 171,5 mil pessoas de todos os estados do País e advindas de 2.107 municípios do Brasil. Os números foram confirmados ao Giro do Boi desta sexta, 16, pelo diretor voluntário da instituição, o pecuarista e empresário Rubikinho Carvalho.
“Este é o número de pacientes com câncer e em tratamento, fora a prevenção. Foram 176 mil mamografias e quase 190 mil exames papanicolau”, acrescentou Carvalho. Estes exames são feitos por mais de vinte unidades móveis que percorrem o Brasil inteiro atendendo pessoas que moram principalmente nas periferias.
“Tenho propriedade para dizer que esta é a maior obra beneficente do mundo. Não existe nenhuma outra que salva tantas vidas e trata com excelência e humanização pessoas que não podem aderir a um plano de saúde ou pagar a medicina privada. Nós atendemos mais de quatro mil pessoas todos os dias, um total de 750 pessoas em tratamento de câncer, outras em revisões e em programas de prevenção”, contabilizou o pecuarista.
O volume de atendimentos, todos gratuitos, gera um custo mensal que varia entre R$ 35 a R$ 37 milhões todos os meses. Como o SUS (Sistema Única de Saúde) repassa mensalmente cerca de R$ 15 milhões, o déficit a ser coberto a cada 30 dias é de R$ 20 a 22 milhões de reais.
“Por isso eu falo sempre que os doadores são o maior patrimônio que nós temos. Se não fossem eles, as portas dos hospital já teriam fechado. Eles que nos proporcionam ter equipamentos, ter os médicos que temos, aparelhagens e tratar essa quantidade grande de pessoas”, declarou Rubikinho em entrevista concedida ao apresentador Mauro Sérgio Ortega.
Rubikinho está percorrendo o Brasil para anunciar o programa de fidelização de doadores do setor do agronegócio do Hospital de Amor, a campanha O Agro Contra o Câncer. Diversas indústrias dos setores da pecuária de corte, leite, soja, cana-de-açúcar e laranja já anunciaram a adesão à campanha de doações, engajando também seus fornecedores. “Quando você conhece a causa, você abraça, absorve. A pessoa fica como eu, que já estou achando que nunca mais saio de lá”, emocionou-se Rubikinho.
Segundo o diretor, os doadores salvam vidas do mesmo jeito que os cerca de 3600 colaboradores do hospital sendo 360 médicos, que muitas vezes ganham abaixo do que poderiam no mercado de trabalho pelo envolvimento emocional com o projeto. “E são os leigos que nos proporcionam os médicos”, complementou
+ Saiba como virar doador da campanha O Agro Contra o Câncer
Veja abaixo a entrevista da Rubikinho ao Giro do Boi na íntegra: