Certificado Especial de Identificação e Produção surgiu no Brasil em 1995 e conta hoje com 304 pecuaristas que produzem sob sua chancela
Está em franca evolução o número de pecuaristas que orientam a reprodução de seu rebanho sob a chancela do CEIP, o Certificado Especial de Identificação e Produção, uma programa criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em 1995 para garantir que os animais que recebem este reconhecimento sejam, de fato, muito superiores à média entre seus contemporâneos. Atualmente são 304 selecionadores em 18 estados com animais ceipados, reunindo um rebanho total de 2,3 milhões de cabeças.
Quem destacou o assunto hoje no Giro do Boi foi o médico veterinário Cesar Franzon, presidente do Conceip, uma entidade representativa dos programas emissores do CEIP e que congrega oito programas de melhoramento genético que trabalham com o certificado.
“Um dos motivos da existência do CEIP é que ele surgiu através de medições para que a gente tenha animais mais acurados e, assim, conseguir classificar melhor estes animais. […] Hoje, infelizmente, quem não mede não pode avaliar, então não consegue comparar, às vezes, o que ele tem de um animal melhorador e o resultado de um bezerro de boi de boiada, algo que a gente vê em inúmeras fazendas”, resumiu.
“Até para quem faz e vende bezerro, ele consegue ter um adicional na venda dele pela qualidade. Vai ser uma desmama muito mais pesada e vai ter resultados melhores”, acrescentou o veterinário. Franzon calculou que bezerros filhos de reprodutores ceipados pesem até 60 quilos e mais na desmama na comparação com a média nacional, saindo de 170 kg para 230 kg e valendo cerca de R$ 260,00 a mais no mercado.
Atualmente, a base de matrizes dos rebanhos de selecionadores que utilizam o CEIP chega a 442 mil fêmeas, um número que continua em expansão. Em 2018, 30 mil cabeças, entre machos e fêmeas, receberam o certificado. As centrais de genética já contam com 199 touros que são responsáveis pela venda de aproximadamente um milhão de doses de sêmen ao ano.
Veja, clicando no player logo abaixo, a entrevista completa com o veterinário Cesar Franzon: