Nesta segunda, dia 07, o Giro do Boi levou ao ar entrevista com Diogo Rodrigues da Silva, zootecnista e doutor em pastagens que representa a Soesp. Em suma, o especialista passou dicas para que o pecuarista evite comprar sementes de capim piratas e alertou para os prejuízos. Em outras palavras, a famosa situação do barato que sai caro.
Conforme apontou Silva, o produtor potencialmente desperdiça recursos em forma de maquinário, combustível e mão de obra quando não se atenta à qualidade das sementes de capim. Afinal, é justamente a pastagem formada por elas que garantirá o alimento do gado. “Se a gente pensar em todos esses componentes, a semente de fato é o mais importante. É aquilo que vai dar origem ao alimento, fornecer o alimento aos animais que ele pretende produzir”, confirmou.
PRODUÇÃO
Segundo informou o especialista, a produção de sementes de capim com certificação passa por diversas etapas essenciais. Por exemplo, Diogo falou sobre uma característica da colheita da semente. “Quando a gente fala de sementes de pastagens de alta qualidade, a gente está falando necessariamente de uma semente que foi colhida no chão. Ou seja, uma semente que passou por todo o seu processo de maturação fisiológica e assim que essa semente atingiu o ápice da sua qualidade, ela se desprende do cacho, cai no chão. Então nós fazemos a colheita. É um processo que a gente chama colheita por varredura”, compartilhou o zootecnista.
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Depois disso, entra o diferencial de uma semente com certificação das piratas. As empresas idôneas conseguem limpar essas sementes colhidas por varredura e chegar a um índice de 95 a até 99% de pureza. Nesse sentido, as impurezas são desde sementes de plantas daninhas, torrões de terra e até pragas que provocam doenças em pastagens. De acordo com o doutor em pastagens, a companhia dispões inclusive de uma máquina que limpa as sementes de capim por diferenciamento de coloração.
COMO FUGIR DAS SEMENTES DE CAPIM PIRATAS?
Logo depois, Diogo deu dicas para o pecuarista fugir dos problemas e prejuízos causados pelas sementes piratas. “Primeiramente você deve buscar uma empresa idônea, […] que dê garantia de uma certificação maior de comercialização. Uma empresa que tenha um bom pós-venda e até mesmo um suporte técnico para lhe auxiliar, caso necessário”, recomendou.
Simultaneamente, o pecuarista pode fazer testes práticos sobre a qualidade das sementes de capim. “Por exemplo, se tiver oportunidade, coloque essa semente na mão e veja a questão da qualidade do tratamento quando a gente fala de semente incrustada. Deve ser um tratamento uniforme, resistente. […] Se tiver oportunidade de testar uma semente, pegue ela na mão, […] faça o teste de esfregar. Assim, se ela se quebrar na sua mão, imagine numa máquina. Isso vai te dar um prejuízo”, projetou.
Em conclusão, o especialista ainda comentou que o produtor pode buscar um laboratório de confiança para se certificar de que a semente tem o valor cultural que a empresa promete. Além disso, Diogo salientou que o pecuarista deve estar atento ao PMS (peso de mil sementes), que, caso seja muito alto, pode indicar impurezas em excesso.
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Por fim, assista a entrevista completa com as dicas para evitar a compra de sementes de capim piratas:
Foto ilustrativa: Divulgação / Soesp
