
O Mato Grosso, maior estado produtor de carne bovina do Brasil, acaba de alcançar uma marca histórica: o maior índice médio de desmama dos últimos 20 anos.
Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o estado atingiu 66% de taxa de desmama em 2024, resultado que reflete o desempenho das vacas expostas à monta em 2022.
Evolução contínua nas fazendas de corte

O índice representa um avanço de 12,6 pontos percentuais em relação a 2006, quando a taxa média de desmama no estado era de pouco mais de 53%.
O salto é atribuído ao progresso tecnológico adotado pelos pecuaristas nos últimos anos, que têm investido em práticas mais eficientes durante a fase de cria.
Inseminação artificial ganha força no campo

Um dos destaques para essa evolução é a ampla adoção da inseminação artificial (IA). De acordo com a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), no início dos anos 2000, menos de 5% das matrizes em Mato Grosso passavam por IA.
Já na última pesquisa da entidade, realizada em 2023, o número saltou para 23%.
A IA tem se mostrado uma ferramenta essencial para o avanço da eficiência reprodutiva, permitindo melhores índices de prenhez e, consequentemente, mais bezerros desmamados por vaca exposta.
Bons manejos também fazem diferença

Além da tecnologia, o manejo adequado durante a cria também contribui para os bons resultados. Nutrição estratégica, sanidade, controle de estação de monta e monitoramento do escore corporal das vacas são práticas que impactam diretamente a taxa de desmama.
O desempenho crescente da cria no estado é mais uma demonstração de que o investimento em tecnologia e gestão de precisão pode aumentar a produtividade sem expandir áreas, alinhando eficiência e sustentabilidade.
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Reflexo no futuro da pecuária
Com a taxa de desmama acima da média histórica, Mato Grosso fortalece sua posição como referência nacional em produtividade pecuária.
O resultado também tem impacto direto na reposição de rebanho e no ciclo de produção, ajudando a equilibrar oferta e demanda de bezerros em um momento de crescente valorização da cria.
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