NUTRIÇÃO ANIMAL

Moringa oleífera: uma alternativa sustentável para a pecuária leiteira?

Guilherme Marquez explora o potencial do uso da Moringa na alimentação de gado Jersey em Cocalzinho (GO)

Moringa oleífera: uma alternativa sustentável para a pecuária leiteira?
Moringa oleífera: uma alternativa sustentável para a pecuária leiteira?

Guilherme Marquez, zootecnista e figura de destaque no Giro do Boi, abordou dúvidas de Luís Antônio Peixoto, produtor leiteiro em Cocalzinho, Goiás, sobre a moringa oleífera, planta aclamada por suas propriedades nutritivas. Assista ao vídeo abaixo e confira.

Luís Antônio busca entender se a moringa é tão benéfica quanto a recente publicidade sugere, ou se os altos custos de sementes não justificam seu uso.

Histórico e pesquisa sobre a moringa

Marquez confirma o conhecimento a respeito da moringa desde a década de 1950, e ressalta que a Embrapa já dispõe de vários informativos que discutem seu emprego na pecuária.

A planta é reconhecida por ser uma opção resistente para regiões secas, dispensando grandes investimentos em manejo e atingindo rapidamente o ponto de corte, com uma produção de até 15 toneladas de matéria seca por hectare.

Perfil nutricional da moringa

A moringa é especialmente rica em proteína bruta, ultrapassando os 22%, e se destaca também pelo seu elevado teor de minerais e vitaminas.

Essas características tornam-na uma forrageira valiosa para sistemas sustentáveis de criação de gado leiteiro ou de corte.

Implementação na alimentação animal

Aconselhando cautela e uma avaliação minuciosa, o zootecnista sugere que Luís Antônio consulte um nutricionista animal para avaliar a viabilidade da moringa na dieta do seu rebanho.

Marquez menciona estudos que reportam resultados positivos, com o gado mantendo peso e níveis de produção satisfatórios quando alimentado com a planta.

A realidade da propaganda versus prática

No que tange à preocupação expressa sobre a moringa ser uma moda lucrativa para seus promotores mais do que um recurso efetivo para os produtores, Marquez indica que a planta realmente possui vantagens.

Contudo, reconhece que a adoção de novos métodos na agropecuária pode ter desafios e que nem toda novidade se difunde amplamente ou rapidamente, especialmente em um país com práticas estabelecidas como o Brasil.