MG12 Paredão: confira dicas para mantença de vacas em pastejo rotacionado

Pecuarista quer formar dez piquetes para pastejo rotacionado com MG12 Paredão e pediu ajuda do especialista para colocar o sistema em prática

O engenheiro agrônomo Wagner Pires, consultor especialista em pastagens do Circuito da Pecuária, atendeu nesta sexta, 11, um telespectador com dúvida sobre MG12 Paredão. Conforme contou Luciano, de Alto Araguaia-MT, ele quer rotacionar o pasto e projetou uma produção de 30 a 35 t/MS/ha em solo corrigido.

Em seguida, Luciano lançou sua dúvida. “Se estabelecer módulos de dez piquetes para a mantença de 50 matrizes (utilizando IATF) e um boi de repasse (51 animais) em dez piquetes, com 3 dias de pastejo em cada, qual seria o tamanho de cada piquete?”, questionou. Juntamente com a questão, Luciano detalhou que fez a conta partindo de um consumo de 2% do peso vivo por UA, ou seja, 12 kg de matéria seca, uma lotação projetada de 6,84 UA/ha.

UM OLHO NA ENTRESSAFRA

Assim, Wagner Pires fez suas contas e chegou a uma área no limite de seus 7,5 hectares. “Ou seja, entre 0,7 a 0,8 hectare para cada piquete”, calculou. Conforme ponderou o especialista, a área com MG12 Paredão pode não deixar margem de manobra para passar por uma eventual seca.

“Eu acho puxado. Eu acho que você poderia trabalhar com uma área talvez um pouco maior, em torno de 12 hectares, para você ter uma folga. Para você ter uma condição de manejo melhor, haja visto que você tem uma exigência de ser um lote de 50 vacas”, comentou em suma o agrônomo. “Então eu recomendaria para você um sistema rotacionado em torno de 12 hectares, pelo menos”, reforçou.

MATURAÇÃO DO PIQUETE

Logo depois, Pires lembrou que os piquetes com MG12 Paredão vão demorar um tempo para atingir todo seu potencial produtivo. “Quando você implanta a rotação de pasto, no primeiro ano você não consegue ter uma alta lotação logo de cara. É muito difícil, porque a planta não tem estrutura ainda. O sistema radicular dela tem que se desenvolver, tem que se estruturar. Portanto, você vai conseguir tirar o máximo de sua área a partir do segundo ano”, projetou.

Além disso, o especialista salientou que, embora a rotação de pasto potencialize o uso da forrageira nas águas, na seca o desfrute cai significativamente. “Nas águas você vai conseguir uma lotação alta. Porém, na seca você vai passar um pouco apurado. Então você vai ser obrigado a diminuir. Eu recomendaria que você tivesse pelo menos uns 12 hectares e você teria um fôlego maior para o período de seca para trabalhar”, sustentou.

Ao mesmo tempo, Pires elogiou a escolha do MG12 Paredão pelo telespectador. “Você escolheu um capim muito bom, você escolheu um capim top. Adube que ele vai dar uma excelente resposta de produção”, concluiu.

ENVIE A SUA DÚVIDA

Assim como o telespectador acima, você também pode enviar sua pergunta sobre controle de plantas daninhas em pastagens. Mande pelo link do Whatsapp do Giro do Boi, pelo número (11) 9 5637 6922 ou ainda pelo e-mail [email protected].

Por fim, assista em vídeo a resposta completa do especialista:

Foto: Reprodução / Circuito da Pecuária