O preço das terras agrícolas no Brasil mais que dobrou nos últimos cinco anos, registrando uma valorização de 113% entre julho de 2019 e julho de 2024.
Segundo um estudo da Scot Consultoria, o valor médio do hectare passou de R$ 14.818,10 para R$ 31.609,87 no período, impulsionado pelo crescimento da produção agropecuária e pela alta demanda por áreas produtivas.
A pesquisa analisou 17 Estados estratégicos para a produção de grãos e pecuária de corte, identificando Rondônia e a região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) como os locais com maior valorização no período.
Matopiba e Rondônia puxam alta no preço das terras
A região do Matopiba, considerada a última fronteira agrícola do Brasil, viu seus preços dispararem 200% nos últimos cinco anos, refletindo o avanço da produção de grãos e o interesse de grandes investidores na região.
Já Rondônia se destacou como o estado com maior crescimento no valor das terras agrícolas, registrando um aumento impressionante de 300%.
O hectare na região, que antes custava valores significativamente mais baixos, agora tem um preço médio de R$ 23 mil, demonstrando a crescente relevância do estado para a pecuária e a agricultura.
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Pecuária também impulsiona valorização
Além do crescimento no valor das terras agrícolas, o levantamento da Scot Consultoria aponta que o preço médio do hectare destinado à pecuária no Brasil teve um aumento de 116% no período analisado.
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Esse crescimento reflete a intensificação da atividade pecuária, investimentos em genética e eficiência produtiva, além da valorização das áreas estratégicas para o setor.
Crescimento sustentável e sem desmatamento
Apesar do aumento expressivo nos preços, a Scot Consultoria destaca que essa valorização tem ocorrido sem a necessidade de desmatamento, com uso de áreas já abertas e investimentos em tecnologia e manejo eficiente.
O crescimento sustentável da agropecuária brasileira reforça o potencial do setor em ampliar a produtividade sem pressionar novas áreas ambientais, garantindo a expansão de forma responsável.
O cenário indica que, mesmo com os preços elevados, o mercado de terras agrícolas segue aquecido, impulsionado pela demanda por alimentos, investimentos em infraestrutura rural e tecnologias que aumentam a produtividade sem a necessidade de novas aberturas de áreas.
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