MERCADO DA CARNE

Japão e Coreia na mira: Brasil se prepara para novo ciclo de exportações de carne

O reconhecimento do Brasil ser livre da aftosa sem vacinação promete ser um divisor de águas para a pecuária nacional, como afirmou o presidente da Friboi, Renato Costa, em entrevista exclusiva ao Giro do Boi. Assista ao vídeo

Japão e Coreia na mira: Brasil se prepara para novo ciclo de exportações de carne
Japão e Coreia na mira: Brasil se prepara para novo ciclo de exportações de carne

O Brasil está prestes a abrir uma nova e promissora fase nas exportações de carne bovina, mirando dois dos mercados mais exigentes e valorizados do mundo: Japão e Coreia do Sul. Assista ao vídeo abaixo e confira esta história.

A expectativa gira em torno da certificação de país livre de febre aftosa sem vacinação, que será entregue oficialmente no próximo dia 29 de maio, em Paris, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O reconhecimento promete ser um divisor de águas para a pecuária nacional, como afirmou o presidente da Friboi, Renato Costa, em entrevista exclusiva ao Giro do Boi.

Certificação vai abrir as portas dos gigantes asiáticos

De acordo com Costa, a conquista é mérito direto do produtor rural brasileiro.

É resultado de muito trabalho, investimento em sanidade e dedicação do pecuarista”, reconheceu Costa.

Com o certificado, o Brasil poderá negociar com Japão e Coreia do Sul, respectivamente o segundo e terceiro maiores importadores globais de proteína animal.

“A certificação chancela o que já fazemos bem: produzir carne com qualidade, rastreabilidade, bem-estar animal e sustentabilidade”, ressaltou o executivo.

Oportunidade real para novos mercados

Atualmente, o Brasil já exporta para importantes destinos como China, Estados Unidos e Europa, mas com o novo status sanitário, o alcance será ampliado.

O presidente da Friboi adiantou que os japoneses consomem majoritariamente carne processada industrialmente, e o Brasil deverá ocupar espaços hoje dominados por Estados Unidos e Austrália.

Já no caso da Coreia do Sul, também há forte demanda por carne de alta qualidade, o que reforça a importância da precocidade, maciez, coloração e pH adequado da carcaça — todos fatores conquistados com melhor genética, nutrição de precisão e encurtamento do ciclo produtivo.

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Produzir bem para atender com excelência

Costa fez questão de destacar que, para acessar esses mercados, não basta apenas ter o certificado sanitário: é essencial manter e elevar o padrão de qualidade da carne brasileira.

Segundo o presidente da Friboi, a evolução nos últimos 20 anos, com rebanhos mais produtivos e bem manejados, permite ao Brasil fornecer carne para todos os canais de distribuição globais, inclusive os mais sofisticados.

Guerra tarifária dos EUA não preocupa o setor

A entrevista também abordou a recente guerra tarifária iniciada pelos Estados Unidos. Costa minimizou os efeitos para o Brasil:

O nosso agro é sustentável, competitivo e bem-posicionado no mundo”, afirmou.

Para ele, enquanto o pecuarista seguir produzindo com qualidade, o país continuará ocupando espaços estratégicos no comércio internacional.

Expectativa otimista e foco na excelência

A JBS, maior processadora de alimentos do mundo, acompanha de perto cada movimento do mercado internacional. Para Renato Costa, o Brasil está pronto para essa nova etapa e tem produto para competir com qualquer país.

Temos qualidade e sanidade para atender aos mercados mais exigentes. E o melhor: ainda temos muito espaço para crescer”, concluiu.

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