
O Mato Grosso, detentor do maior rebanho bovino do Brasil, está na vanguarda da revolução genética na pecuária, com o abate de novilhos jovens disparando no estado. O impulso vem da crescente adoção de biotecnologias reprodutivas, que garantem um rápido giro do negócio do fazendeiro, mais carne de qualidade e maior firmeza na sustentação do valor da arroba.
Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), no mês de setembro, 60% dos abates de machos no estado, totalizando 220 mil cabeças, eram de novilhos abaixo de 24 meses de idade. Esse foi o segundo melhor desempenho já registrado na série histórica do Mato Grosso.
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Aceleração genética e exigência do mercado
A adesão maciça às tecnologias é a resposta do pecuarista à exigência do mercado. A produção e venda de sêmen, embriões, e insumos para Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) e Transferência de Embriões (TE) cresceram exponencialmente.
Em entrevista ao Giro do Boi, a executiva da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), Lilian Matimoto, destaca que o investimento em genética é o menor dos custos dentro da propriedade, mas é uma tecnologia que permanece e tem um retorno certo.
O total de sêmen produzido e importado avançou quase 30% no último trimestre (julho a setembro de 2025). As raças Nelore e Angus lideram, mas o crescimento é geral, incluindo Brangus e Brahman.
Confira:
Popularização da tecnologia e perspectivas
O melhoramento genético está deixando de ser exclusividade do gado de elite e se popularizou no gado comercial.
- Index embriões: a criação do Index Embriões (em parceria com a SBTE e o Cepea) demonstra o volume significativo de embriões sendo usados em rebanhos de corte, não mais apenas em gado de pista.
- Futuro próximo: os números de 2025 mostram uma expectativa muito positiva para 2026. O Brasil precisa desse crescimento constante para atender à demanda de 45% a mais por proteína animal que o mundo terá até 2050.
A evolução da pecuária no Mato Grosso é a prova de que a tecnologia, aliada ao profissionalismo, resulta em maior produtividade e eficiência, garantindo que o Brasil se consolide como o principal fornecedor de proteína do mundo.
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