A atividade agropecuária no estado de São Paulo contabilizou 596,8 mil pessoas ocupadas no segundo trimestre de 2025. Apesar de ser um número expressivo, o setor apresentou uma queda de 9,2% no número de trabalhadores em comparação com o mesmo período de 2024. Essa diminuição de mão de obra precisa ser acompanhada de perto pelo pecuarista e por toda a cadeia.
As maiores reduções no número de ocupados ocorreram em culturas importantes para o estado: o cultivo de café e o de frutas cítricas tiveram quedas de 26,9% e 21,3%, respectivamente.
Por outro lado, a pesquisa do IBGE, com dados analisados pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), mostrou segmentos em forte crescimento, como a aquicultura, que saltou 282,1%, e o cultivo de banana, com alta de 156,7%.
Apesar da queda no número de trabalhadores, o grande destaque é a valorização da remuneração. O rendimento habitual na agropecuária chegou a R$ 2.993 ao mês, o que representa um aumento de 14,6% frente ao segundo trimestre de 2024. O valor efetivamente recebido ficou em R$ 2.989, uma alta ainda maior, de 17%, confirmando que o trabalhador rural está sendo mais valorizado.
Acompanhe todas as atualizações do site do Giro do Boi! Clique aqui e siga o Giro do Boi pela plataforma Google News. Ela te avisa quando tiver um conteúdo novo no portal. Acesse lá e fique sempre atualizado sobre tudo que você precisa saber sobre pecuária de corte!
A valorização da mão de obra e o cenário nacional
A alta no rendimento em São Paulo é um reflexo da necessidade de mão de obra mais qualificada e da competição por esses profissionais no campo. O pecuarista precisa de trabalhadores que entendam de tecnologias e de manejo moderno, e o salário acompanha essa exigência. Um time valorizado e bem pago é sinônimo de maior produtividade e menor rotatividade na fazenda.
Em âmbito nacional, a boa notícia é que a taxa de desocupação atingiu 5,8% no segundo trimestre, o menor nível desde 2012. Isso mostra a força da economia e, em especial, do agronegócio, que continua sendo um grande empregador. O total de pessoas ocupadas no país chegou a 102,3 milhões, um crescimento de 2,4% no ano.
No entanto, o setor agropecuário nacional também registrou uma queda no número de trabalhadores, de 2,5%, somando 7,7 milhões de pessoas. Essa redução, assim como a de São Paulo, pode ser explicada pela mecanização e pelo uso de tecnologias que reduzem a necessidade de mão de obra menos especializada, mas que aumentam a demanda por profissionais mais técnicos.
O desafio da retenção de talentos no campo
Para o pecuarista, os dados são um alerta e uma oportunidade. O mercado de trabalho rural está se tornando mais exigente e, ao mesmo tempo, mais bem remunerado. O desafio é reter os talentos e investir na capacitação dos trabalhadores, garantindo que o seu time esteja preparado para a pecuária 4.0.
A queda no número de ocupados em São Paulo pode ser um sinal de que a migração para áreas mais urbanas ou para setores mais tecnificados está acontecendo. Por isso, oferecer salários competitivos e um bom ambiente de trabalho, além de investir em treinamento, não é mais um diferencial, mas sim uma necessidade para a fazenda que busca ser eficiente e lucrativa.
O futuro da pecuária passa pela valorização do capital humano. Um trabalhador motivado e capacitado tem um impacto direto no manejo do gado, na saúde das pastagens e, consequentemente, no resultado final da arroba. Fique atento aos dados e invista na sua equipe, ela é o ativo mais valioso da sua propriedade.
News Giro do Boi no Zap!
Quer receber o que foi destaque no Giro do Boi direto no seu WhatsApp? Clique aqui e entre na comunidade News do Giro do Boi.