O maior abate de vacas da década em Mato Grosso está mexendo com o mercado. Assista o vídeo abaixo e saiba como blindar sua fazenda.
O Giro do Boi entrevistou a estatística Monique Kempa, coordenadora da equipe de inteligência de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Ela deu dicas importantes para o pecuarista nos próximos anos.
“O grande desafio será na questão dos custos que devem ser manter altos no próximo ano, assim como já estão altos neste ano”, diz Kempa.
O cenário é de dificuldades para as fazendas cobrirem seus custos nos próximos anos, por isso, todo cuidado ainda é pouco.
A inversão do ciclo pecuário influencia o abate de vacas
Os abates de bovinos no maior polo de produção de pecuária do País, Mato Grosso, está sendo influenciado pela inversão do ciclo pecuário.
É nesse momento que há o maior descarte de fêmeas que passam a fazer os abates aumentarem no Estado.
“O aumento dos abates já chegou a 8% e grande parte desse abate está vindo de fêmeas”, diz a especialista do Imea.
Como blindar a fazenda das oscilações de mercado?
Entre as saídas para o pecuarista poder blindar sua produção de bovinos de corte está na aposta de travas de preço no mercado financeiro.
A especialista alerta que também há oportunidades, especialmente para os pecuaristas de cria, na aquisição de animais mais baratos.
“O criador pode renovar seu plantel e adquirir vacas com um preço mais interessante”, diz Kempa.
Boi China também traz oportunidades a pecuaristas
A especialista do Imea destacou também que o Boi China, animal abatido até 30 meses de idade, também traz oportunidades para os pecuaristas do Estado.
O Estado é um dos que mais está exportando este tipo de bovino para o país asiático.
O preço do Boi China é um dos mais elevados.
“Os chineses estão pagando mais por este tipo de animal”, diz Kempa.
Esta valorização tem favorecido o mercado da bovinocultura de corte neste ano de 2022.