Sistemas como aspersão e gotejamento elevam suporte animal e produtividade, aponta especialista da Netafim
A irrigação em pastagens está ganhando espaço como solução estratégica para a pecuária brasileira, especialmente diante do desafio de produzir mais carne com menos área, mais rapidez e maior sustentabilidade. Apesar do potencial gigantesco, menos de 1% das pastagens no Brasil são irrigadas, segundo dados apresentados no programa Giro do Boi desta quarta-feira, 21 de maio.
Para entender os benefícios dessa ferramenta tecnológica, o agrônomo Guilherme Marangoni, especialista da Netafim, conversou com a equipe do programa direto de Dourados (MS), o segundo maior município do estado. Assista ao vídeo:
Capacidade de suporte e ganho de peso com irrigação
Segundo Marangoni, os números falam por si:
- Mais de 10 cabeças por hectare em sistemas irrigados
- Ganho de peso diário acima de 1 kg por animal
- Maior uniformidade e qualidade da forragem
- Redução de riscos com o clima
“Temos um potencial enorme de irrigar pastagens no Brasil. São 26,7 milhões de hectares com perfil apto para receber sistemas de irrigação e fertirrigação”, afirma.
Sistemas disponíveis: aspersão e gotejamento
Os sistemas de irrigação mais comuns para a pecuária são:
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- Aspersão convencional: mais popular entre os produtores, com retorno rápido e adaptável a diferentes topografias.
- Gotejamento subterrâneo: tecnologia que vem crescendo rapidamente, por permitir irrigação precisa e aplicação de fertilizantes direto na raiz da pastagem.
“Com a instabilidade climática, a irrigação se torna uma garantia de produtividade. Ela entra para suprir as necessidades do solo e da planta no momento certo”, explica o especialista.
Custo e viabilidade econômica
Marangoni destaca que o investimento para a implantação de irrigação em pastagem gira em torno de R$ 30 mil por hectare, dependendo do tipo de sistema adotado, da região e da infraestrutura da fazenda.
Apesar do custo inicial, os retornos produtivos e econômicos são expressivos, especialmente em propriedades que já trabalham com manejo intensivo ou que desejam adotar terminações como a TIP ou o confinamento em áreas limitadas.
Caminho sem volta para a pecuária sustentável
A irrigação em pastagens representa eficiência alimentar, segurança climática e sustentabilidade ambiental. Além de permitir maior produtividade, ela também reduz a pressão por abertura de novas áreas e favorece a recuperação de pastagens degradadas, com ganhos diretos para a rentabilidade do produtor e para o meio ambiente.
“A irrigação veio para ficar. Quem aposta nessa tecnologia está dando um passo à frente na pecuária moderna”, finaliza Marangoni.
