“Investir em genética garante a formação de bons rebanhos de matrizes”; afirma especialista

A zootecnista Nicole Tramonte, da Genex do Brasil, disse que o futuro da pecuária brasileira vai passar pela formação de bons plantéis de vacas e novilhas e, quando os animais forem submetidos à nutrição (maior custo da fazenda), o pecuarista verá que a genética utilizada sem critérios fez falta.

No Giro do Boi desta segunda-feira, 13, a mestre em zootecnia e especialista em desenvolvimento de produto corte da Central de Inseminação Genex, Nicole Tramonte, afirmou que a genética bovina precisa ser melhor explorada pelos criadores para a formação de futuros plantéis de matrizes. Ela se refere ao fato das centrais possuírem os animais mais bem avaliados pelos programas de melhoramento genético, aliado às escolhas de touros excelentes em fenótipos (morfologia). Explicou que os investimentos em genética, principalmente com o uso da IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo), são os mais baratos dentro de um sistema de produção gado de corte. Levantamentos da Associação Brasileira de Inseminação Artificial, a ASBIA, mostram que a genética bovina não chega nem a 2% do valor médio gasto pelo pecuarista, já incluído todo o material, insumo e serviço dos profissionais que trabalham com reprodução.

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Tramonte também fez questão de apresentar alguns exemplares de touros da atualidade, animais líderes de sumários e campeões de vendas de sêmen. Foram reprodutores Nelore, Brahman, Angus, Hereford, Braford e Brangus. E numa citação importante, já que ainda é comum criadores utilizarem “boi ponta de boiada na vacada”, ela afirmou que touros que possuem o Certificado Especial de Identificação e Produção, o CEIP, emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o MAPA, também são indicados pelos técnicos da central, já que muitos deles se destacam nos programas de melhoramento genético e suas produções têm sido bastante elogiadas pelos criadores.