Uma revolução tecnológica e invisível está em curso neste exato momento. E ela pode trazer grandes resultados e guiar a produção de boi gordo no País. Trata-se do desenvolvimento da chamada inteligência artificial.
São robôs criados no ambiente computacional da internet (chamados de tecnicamente por algoritmos) e que aprendem por si sós. Essas espécies de máquinas já cuidam do nível de sal nos cochos de confinamentos e monitoram até a incidência de ectoparasitos no gado.
Essa revolução já está acontecendo em cerca de 100 fazendas do País com a ajuda da Prodap. A empresa, sediada em Belo Horizonte (MG), está entre as desenvolvedoras de tecnologia para o campo.
Ela também possui negócios com capacitação de mão de obra no campo, consultoria de gestão de fazendas e até produção de ração animal.
“Quisemos evoluir o modelo de dados porque, hoje, vemos que ainda muitas fazendas controlam o negócio com softwares com dados ou uma planilha de Excel. Mas o que queremos foi elevar ainda mais esse modelo de controle para o produtor rural”, diz o zootecnista Rafael Mendes, diretor de Expansão e Novos Negócios da Prodap.
Ele falou no Giro do Boi desta quarta-feira, 3, sobre as possibilidades que essa tecnologia pode trazer para a pecuária de corte.
Robótica que liga todos os funcionários da fazenda
Assim como muitas pessoas já conversam com a Siri, da Apple, ou a Alexa, da Amazon, os pecuaristas do País passam a conversar com a Lore, da Prodap.
A inteligência artificial da companhia vai guiando os produtores e até trazendo indicações e recomendações para o melhor desempenho da engorda do rebanho.
A Lore pode consegue prever, por exemplo, quando vai faltar sal no cocho, como está o escore de cocho, além de demais aspectos sanitários do rebanho com os apontamentos feitos pelos vaqueiros no campo.
Números da inteligência artificial no País
A tecnologia já está bem influente nos números de produção de bovinos de corte no País, segundo Mendes.
“Basicamente, a Lore já passou por mais de 5,5 milhões de cabeças no País. De confinamento já foram 450 mil cabeças durante o ano passado. No ano de 2021 quase 7% do rebanho confinado brasileiro passou com informações na Lore”, diz o executivo da Prodap.
Confira a entrevista na íntegra e descubra as potencialidades dessa nova tecnologia para a produção pecuária.