IB atualiza produtos para exame de brucelose e tuberculose e facilita diagnóstico

Além de frascos com menos doses, o que torna os exames de brucelose e tuberculose mais acessíveis para pequenos produtores, o prazo de validade também foi atualizado

Nesta quinta-feira, dia 24, o Giro do Boi teve como um dos destaques entrevista com o médico veterinário Ricardo Jordão, responsável técnico pela área de produção de exame de brucelose e tuberculose do Instituto Biológico (IB-APTA. O órgão está vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP.

Em primeiro lugar, o especialista falou sobre as dificuldades impostas pelos anos atípicos de pandemia no IB. Nesse sentido, mesmo em meio às adversidades, o instituto aumentou em 31% sua produção de imunobiológicos no ano passado. São esses os produtos que servem para o exame de brucelose e tuberculose em animais.

Conforme ressaltou Jordão, o aumento de produção juntou-se a um outro cenário positivo. Juntamente com este fator, o pecuarista também está mais atento às doenças, compreendendo os impactos na valor de sua produção, seja de gado de corte ou gado de leite. Além disso, seus efeitos também para a saúde humana, uma vez que brucelose e tuberculose são zoonoses.

“Então, quanto mais às claras você trabalhar, mais o seu rebanho vai ter uma condição de você vender mais caro, de brigar mais pelo preço do animal. Porque você precisa ter um animal sadio”, sustentou.

CUIDADOS COM A CONTAMINAÇÃO

Logo depois, o veterinário alertou para os cuidados que o produtor deve ter além de realizar exame de brucelose e tuberculose.

“Por exemplo, uma vaca que aborta na propriedade tem uma enfermidade. Não foi nada natural. Algum erro tem ali. Você tem que saber o que aconteceu. Assim, muitas vezes, na ânsia de resolver o problema, você vai lá sem luva, sem máscara, acaba manipulando esse material e acaba se contaminando. Eu costumo dizer que você tem um problema e que acaba espalhando esse problema. Você tinha um animal que abortou e, agora, você tem seus funcionários doentes, a sua família. Você acaba colocando todo mundo em risco”, advertiu Jordão.

De acordo com o especialista, muitos países já erradicaram a doença. “O Brasil está no controle da erradicação dessas doenças, em alguns estados isso está bem avançado. Todavia são testes simples. Um veterinário com habilitação consegue fazer o diagnóstico rápido na própria propriedade e não precisa de nenhum equipamento extraordinário”, reforçou.

APOIO À PESQUISA

Posteriormente Jordão sustentou que o IB trabalha para manter o processo do exame de brucelose e tuberculose simples, reduzindo a margem de erros nos diagnósticos. Dessa forma, a venda dos produtos do instituto custeia pesquisas relevantes para inovações que vão melhorar o atendimento ao pecuarista.

Em suma, o pesquisador ressaltou a importância do custeio das pesquisas. “A Fapesp enxerga isso. E a gente tem que agradecer muito. Ela enxerga esse potencial no instituto. E realmente há alguns anos ela vem apoiando, a própria Secretaria da Agricultura, somando com a venda de nossos produtos. Isso disponibiliza todos os recursos para a gente fazer a nossa produção. É isso que garante que a gente tenha, por exemplo, frascos com menos doses, que é um pedido antigo do produtor rural”, lembrou.

NOVIDADES

Atualmente, o instituto tem em seu portfólio para exame de brucelose e tuberculose novos fracos. “Com isso, é possível encontrar no mercado AAT, antígeno para diagnóstico da brucelose, com 160 e 64 doses, Prova Lenta de 60 e 24 doses, além das Tuberculinas Bovina e Aviária de 50 e 20 doses”, consta no site do IB. Acesse a material pelo link abaixo:

+ IB amplia sua produção de imunobiológicos e atualiza portfólio para atender demanda do setor produtivo

Em conclusão, o veterinário justificou que os novos produtos para exame de brucelose e tuberculose servem sobretudo para pequenos proprietários. Enfim, a logística da operação para o diagnóstico fica mais fácil e mais barata, evitando desperdício. Além disso, reforça a precisão ainda do levantamento epidemiológico para checar onde de fato as doenças estão se espalhando.

Ao mesmo tempo, o IB atualizou também o tempo de validade dos produtos. “O IB, em 2020, também aumentou o prazo de validade dos frascos de tuberculina para triagem e confirmatório de tuberculose, que passaram a ter dois anos, o dobro do que era disponibilizado anteriormente. Para o AAT, o aumento na validade foi de seis meses, passando de 12 para 18 meses”, consta no mesmo material de divulgação do instituto.

Por último, confira a entrevista com Ricardo Jordão sobre o trabalhi do exame de brucelose e tuberculose e o trabalho do Instituto Biológico:

Foto: Reprodução / Instituto Biológico