
Quem trabalha com IATF sabe que o planejamento correto do manejo é essencial para garantir bons índices de prenhez e manter o controle genético do rebanho. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações.
Foi com essa preocupação que Carlos Reis, pecuarista de Tamboril (CE), enviou sua dúvida ao quadro Giro do Boi Responde desta terça-feira (17).
Ele quis saber: se os espermatozóides do touro permanecem viáveis por até 24 horas no aparelho reprodutivo da vaca, por que o protocolo da IATF recomenda liberar o touro de repasse apenas no quinto dia após a inseminação?
A resposta veio do zootecnista Ricardo Abreu, gerente de fomento dos Programas de Melhoramento Genético da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), que explicou a lógica por trás desse manejo tão difundido no Brasil.
Controle de paternidade é o grande motivo
Segundo Abreu, o protocolo adotado visa facilitar a identificação da origem genética dos bezerros.
O intervalo de cinco dias entre a inseminação artificial e o momento de soltar o touro de repasse tem como base o período médio de gestação das fêmeas zebuínas, que gira em torno de 294 dias.
Esse espaço de tempo garante que, quando o bezerro nascer, será possível saber com precisão se ele é fruto da inseminação artificial ou do repasse com o touro.
Ou seja: é uma medida simples, mas extremamente eficaz para garantir rastreabilidade e controle genético do rebanho, especialmente em fazendas que investem em melhoramento genético.
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Brasil é referência no uso da IATF em gado de corte
Abreu destacou ainda que o Brasil é um dos poucos países do mundo onde o número de inseminações em raças de corte já supera o das raças leiteiras.
Esse avanço é resultado do investimento em tecnologias reprodutivas e da confiança dos pecuaristas em protocolos bem estabelecidos, como o da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF).
Essa prática se consolidou como ferramenta essencial para melhorar a genética do rebanho, encurtar intervalos entre partos e aumentar a produtividade das propriedades pecuárias.
Protocolo fortalece o planejamento reprodutivo
A recomendação de esperar cinco dias para liberar o touro de repasse é parte de um planejamento de longo prazo. Com essa janela bem definida, a fazenda consegue:
- Evitar cruzamentos indesejados, que dificultam a rastreabilidade;
- Acompanhar os dados de prenhez com mais clareza;
- Garantir informações confiáveis para seleção genética futura.
Além disso, esse manejo é simples de executar e não exige adaptações complexas na rotina da fazenda.
IATF: mais eficiência e rastreabilidade no campo
A explicação do zootecnista Ricardo Abreu mostra como detalhes no manejo fazem toda a diferença no sucesso da IATF.
A espera de cinco dias para introduzir o touro de repasse não é apenas uma formalidade do protocolo, mas sim uma estratégia para garantir controle reprodutivo e melhor gestão genética do rebanho.
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