A leguminosa Gliricídia pode ser uma verdadeira carta coringa para compor um sistema de integração lavoura-pecuária-floresta no Semiárido. Além de ser um componente arbóreo, a planta serve como um alimento importante. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes.
O 9º episódio da nova temporada da série “Embrapa em Ação” do Giro do Boi foi ao ar nesta quinta-feira, 20, e deu mais detalhes sobre a gliricídia (Gliricidia sepium).
A planta emerge como uma solução promissora para impulsionar a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) no Semiárido nordestino.
Potencial para a fertilização natural do solo
Essa planta leguminosa, originária da América Central, apresenta uma série de vantagens que a tornam ideal para compor sistemas de ILPF em uma região marcada por longos períodos de estiagem.
A principal vantagem é a capacidade de fixar nitrogênio atmosférico em suas raízes, enriquecendo o solo com esse nutriente essencial para o desenvolvimento de outras culturas agrícolas e pastagens, reduzindo a dependência de fertilizantes químicos.
Arranjo prático da gliricídia para a ILPF no Seminário
Combinada com o pasto de capim corrente, em áreas para pastejo, a gliricída proporciona um manejo mais prático, com acesso direto do gado, sem a necessidade de corte e fornecimento.
O potencial produtivo deste sistema ultrapassa as 30 toneladas de matéria seca ao ano, com uma particularidade: a sombra da gliricídia também ajuda no bem estar dos animais.
Planta muito resistente à seca
A leguminosa é uma das únicas plantas que permanece verde, em meio a sequidão do semiárido brasileiro, principalmente no auge do período seco, por conta da fixação biológica do nitrogênio do solo.
Os índices pluviométricos chegaram a ser inferiores a 200 milímetros de chuva ao ano em algumas regiões do Semiárido.
A planta ainda rende um ganho extra muito importante: bem estar animal. A sombra que ela produz ameniza o calor do sertão nordestino.
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