DICAS DO SCOTON

Transição da seca para as águas: prepare o pasto e garanta o ganho do seu gado

Prepare seu pasto para a transição da seca para as águas. Aprenda a roçada estratégica que aumenta a qualidade da forragem, o ganho de peso do gado e a rentabilidade. Assista ao vídeo

Transição da seca para as águas: prepare o pasto e garanta o ganho do seu gado
Transição da seca para as águas: prepare o pasto e garanta o ganho do seu gado

Pecuaristas, o manejo de pastagens no final da seca é crucial para o sucesso da sua fazenda no período chuvoso. Ignorar essa etapa pode comprometer a produção de forragem, o ganho de peso do seu gado e a rentabilidade. Assista ao vídeo e entenda melhor isso.

Nesta quinta-feira, 31 de julho, o zootecnista Maurício Scoton, professor da Universidade do Agro de Uberaba (Uniube), trouxe dicas valiosas no quadro “Dicas do Scoton” do programa Giro do Boi.

Ele explicou a importância da roçada no final da seca para otimizar o desempenho do pasto na transição da seca para as águas.

A importância da roçada no pasto

Foto: Canva

Em capins como Panicum (Tanzânia e Mombaça), o final da seca é marcado pelo “embatamento”, com hastes altas e lignificadas que o gado não come por serem muito duras.

Se essas hastes não forem roçadas, as novas folhas nascerão apenas na ponta, comprometendo a produção de forragem.

Ao roçar a área, o pasto fica baixo e a brotação acontece a partir do meristema basal (base da haste). Isso resulta em:

  • Mais folhas e de melhor qualidade: A roçada estimula a produção de forragem de alto valor nutritivo.
  • Maior eficiência da adubação: O pasto aproveita melhor os nutrientes, o que se traduz em mais arrobas produzidas por quilo de adubo.
  • Aumento da taxa de lotação: Com um pasto de melhor qualidade, você consegue colocar mais animais por hectare.

A roçada, que tem um custo baixo em relação ao seu retorno, é uma operação de alto impacto na produção da fazenda.

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O momento ideal para a roçada

O ideal seria roçar o pasto mais próximo da época das chuvas, mas isso pode ser inviável na prática. Se a fazenda é grande, a roçada de todas as áreas pode não ser concluída antes das águas. Roçar o pasto quando ele já está brotando gera desperdício e perda para a planta.

Por isso, Maurício Scoton recomenda iniciar a roçada no começo de julho, como na Fazenda Marinheiro. Essa estratégia permite ter tempo hábil para roçar todas as áreas e se preparar para o início das águas com o pasto baixo.

A brotação virá da base, resultando em uma produção maior e de melhor qualidade durante todo o período chuvoso.

Outras estratégias para a transição

A roçada é uma das ferramentas. Scoton ainda destaca outras práticas que fazem a diferença:

  • Compostagem do esterco: Em fazendas com confinamento, a compostagem do esterco permite aproveitar melhor esse adubo, reduzindo a quantidade necessária para as pastagens e o custo com adubo.
  • Sequestro do gado: Manter os animais em confinamento (sequestro) no final da seca ajuda a aliviar as pastagens e a ter uma maior produção de forragem no início das águas.
  • Limpeza de bebedouros: Garante água de qualidade para o rebanho, um ponto crucial para a saúde e o ganho de peso.

A combinação dessas práticas, com um planejamento operacional, garante que a transição da seca para as águas seja um período de ganho e não de prejuízo, resultando em um pasto de excelente qualidade, que parece “uma alface”, para o bom desempenho do seu gado.

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