A redução de 20% nas vendas de endectocidas em 2024 trouxe uma importante reflexão para os pecuaristas: os impactos no manejo sanitário e na rentabilidade dos rebanhos. Segundo Jorge Espanha, zootecnista e CEO da Vetoquinol Saúde Animal, o término da vacinação obrigatória contra febre aftosa no Brasil mudou a dinâmica do manejo. Assista ao vídeo e confira a entrevista completa com Espanha.
Antes, o pecuarista aproveitava o momento das vacinas obrigatórias para tratar o gado contra parasitas e outras doenças, o que agora exige maior planejamento para evitar prejuízos.
A importância do manejo sanitário estratégico
Com a ausência de um manejo sistemático, os desafios sanitários ganharam força, como a explosão de moscas e parasitas em 2024. A instabilidade climática – alternando longos períodos de seca com chuvas intensas – foi o ambiente perfeito para a proliferação de pragas.
Espanha alerta: “A falta de controle adequado pode reduzir drasticamente o ganho de peso e comprometer a produtividade do rebanho.”
Segundo o executivo, investir em produtos de ponta não é gasto, mas uma estratégia para garantir segurança alimentar e qualidade na produção.
Saúde do rebanho é sinônimo de rentabilidade
A alta no preço da arroba em 2024, que chegou a aumentar até 52% em algumas praças, colocou os pecuaristas em um momento favorável para investir em saúde animal.
Hoje, o custo médio com sanidade representa apenas 5% do valor da arroba, mostrando que há espaço para investir sem comprometer a rentabilidade.
“O manejo sanitário estratégico garante produtividade e evita perdas por doenças e parasitas, o que reflete diretamente no bolso do produtor”, destaca Espanha.
Inovação no campo para um manejo mais eficiente
Entre as iniciativas da Vetoquinol, os laboratórios itinerantes foram destaque. Essas unidades realizam análises diretamente nas fazendas, identificando o grau de infestação parasitária e recomendando soluções específicas para cada rebanho.
“É tecnologia no curral”, diz Espanha.
Essa abordagem ajuda o produtor a otimizar o uso de produtos e a combater parasitas com mais precisão, assegurando melhores resultados no ganho de peso dos animais e na eficiência produtiva.
O futuro do manejo sanitário
Com a previsão de novas tecnologias e parcerias em 2025, Espanha reforça a necessidade de os pecuaristas priorizarem a saúde do rebanho.
Além de contribuir para a produtividade, o manejo sanitário adequado é essencial para manter o Brasil como líder no mercado global de proteína animal.
“Qualidade é a palavra-chave. Segurança alimentar e sanidade são inegociáveis em um cenário de competitividade internacional”, finaliza Espanha.
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