
As baixas temperaturas chegaram com força em Mato Grosso do Sul, e a preocupação com a geada volta a assombrar o produtor rural.
Com a entrada de uma nova massa de ar polar, termômetros marcaram perto de três graus e a sensação térmica negativa se espalhou, principalmente no sul do estado.
Essa friagem intensa acende um alerta não só para as lavouras, mas também para a nossa pecuária de corte, que sente os efeitos na hora.
Milho da segunda safra

O milho da segunda safra está em um período crítico, com cerca de 48% das lavouras em fase de enchimento e maturação dos grãos, o que as deixa muito sensíveis ao frio.
Mas na criação de gado, o prejuízo pode ser ainda mais rápido. A geada, como bem sabemos, queima as pastagens tropicais, como a braquiária, diminuindo e muito o valor nutricional da comida dos animais. É um golpe direto na qualidade do pasto e, consequentemente, na saúde do rebanho.
Proteja seu gado do frio: dicas essenciais

Para evitar que o frio intenso cause perdas maiores, a Iagro, nossa Agência Estadual de Vigilância Sanitária Animal e Vegetal, reforça a importância de algumas medidas.
A primeira e talvez mais importante é a suplementação alimentar. Garantir que seu gado tenha acesso a nutrientes suficientes ajuda os animais a manterem a temperatura do corpo. É como dar um reforço para eles aguentarem o tranco do inverno.
Abrigos ou áreas protegidas
Outra medida crucial é a oferta de abrigos ou áreas protegidas. Locais como matas e capões podem ser grandes aliados neste período, pois oferecem proteção contra o vento gelado e a umidade.
Essa barreira natural reduz a perda de calor do gado e evita choques térmicos que podem ser fatais. Um gado abrigado é um gado mais saudável e produtivo, mesmo no rigor do inverno.
Acompanhamento veterinário é essencial

Por fim, e não menos importante, a Iagro recomenda o acompanhamento constante de um médico veterinário.
Esse profissional pode orientar sobre a melhor forma de proteger seu rebanho, indicar suplementos específicos e identificar rapidamente qualquer sinal de problema.
Em 2024, mais de três mil bois morreram por hipotermia em 14 municípios sul-mato-grossenses, um número que nos mostra a seriedade do risco. E como novas frentes frias estão por vir, todo cuidado é pouco.