NÚMEROS DA PECUÁRIA INTENSIVA

Custo da alimentação no confinamento cai em janeiro e alivia pecuaristas

A safra recorde de grãos e desvalorização das commodities reduzem despesas com terminação

Custo da alimentação no confinamento cai em janeiro e alivia pecuaristas
Custo da alimentação no confinamento cai em janeiro e alivia pecuaristas

O custo da alimentação do gado confinado apresentou queda significativa em janeiro, trazendo um alívio para os pecuaristas após meses de alta nos custos.

A redução foi impulsionada pela safra recorde de grãos no Brasil, o início da colheita e a desvalorização das commodities no mercado internacional, fatores que aumentaram a oferta de insumos e diminuíram o valor da dieta de terminação.

No Centro-Oeste, o custo médio por cabeça ao dia ficou em R$ 14,24, uma queda de 6,75% em relação a dezembro e de 1,52% na comparação anual. Essa foi a primeira redução desde setembro de 2024, segundo o Índice de Custo Alimentar Ponta (Icap), calculado pela empresa de tecnologia pecuária Ponta.

Já no Sudeste, o custo médio diário por animal caiu 4,06% no mês, atingindo R$ 12,77. Essa foi a primeira queda desde agosto, mas, na comparação com janeiro de 2024, houve um aumento de 5,71%, reflexo da valorização do boi gordo e do reaquecimento do mercado de engorda.

Redução no preço dos insumos impulsiona a queda

Detalhe da ração de bovinos no cocho em confinamento. Foto: Reprodução
Detalhe da ração de bovinos no cocho em confinamento. Foto: Reprodução

A redução do custo alimentar no Centro-Oeste foi influenciada pela queda nos preços de insumos energéticos (-7,26%) e proteicos (-4,68%), além de uma diminuição de 3,10% no consumo pelos animais. O custo da matéria seca da dieta de terminação recuou para R$ 1.494,83 por tonelada.

Entre os insumos que mais impactaram a redução de custos, destacam-se milho grão seco, casca de soja, bagaço de cana e silagem de milho. Além disso, muitos pecuaristas passaram a incorporar coprodutos de algodão nas dietas dos bovinos.

No Sudeste, a queda foi puxada pelo recuo de 11,41% nos insumos proteicos, com destaque para a torta de algodão e os grãos secos de destilaria (DDG). O custo por tonelada de matéria seca da dieta ficou em R$ 1.376,99, uma redução de 1,25% no período.

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Confinadores devem manter atenção ao mercado

A combinação entre queda nos custos alimentares e valorização da arroba do boi tem melhorado as margens da pecuária confinada, depois de dois anos desafiadores.

No entanto, especialistas alertam que os custos podem voltar a oscilar na entressafra, exigindo um monitoramento constante dos indicadores de gestão e das cotações de insumos.

Com um cenário dinâmico e dependente do comportamento da demanda e da volatilidade das commodities, os confinadores devem aproveitar o momento favorável, mas sem perder de vista as movimentações do mercado nos próximos meses.

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