DÚVIDA DO PECUARISTA

Capiaçu: vale a pena fazer um pastejo rotacionado com o capim?

Não é a principal aptidão do capiaçu, diz especialista, mas existem alternativas viáveis para quem quer um pastejo eficiente

Capiaçu: vale a pena fazer um pastejo rotacionado com o capim?
Capiaçu: vale a pena fazer um pastejo rotacionado com o capim?

O zootecnista Edmar Peluso, especialista em pastagens e sócio da Gerente de Pasto, respondeu à pergunta do pecuarista João Camilo, de Águas Belas, Pernambuco, no quadro “Giro do Boi Responde”, desta segunda-feira, 2 de dezembro. Segundo Peluso, o capiaçu, embora possa ser utilizado para pastejo rotacionado, não é a opção ideal para essa finalidade. Assista ao vídeo abaixo e saiba mais sobre o capiaçu.

“A principal aptidão do capiaçu está no uso para capineira ou silagem, devido ao seu crescimento vigoroso, alcançando até 4 metros de altura”, explicou.

O especialista apontou que o manejo para pastejo rotacionado com capiaçu exige cuidados extras e, mesmo assim, não garante o melhor desempenho devido ao alongamento do entrenó e à menor proporção de folhas disponíveis para os animais.  

A melhor opção para pastejo rotacionado

Para quem deseja utilizar o capim-elefante em sistemas de pastejo, Peluso recomenda a variedade BRS Kurumi, que possui características mais adequadas.

“O Kurumi tem melhor perfilhamento, menor alongamento do entrenó e maior proporção de folhas, o que o torna mais eficiente para sistemas rotacionados. Ele também suporta bem o manejo e oferece alta produtividade e qualidade”, detalhou.  

Apesar disso, ele reforça que o capim-elefante exige solos de alta fertilidade, devidamente corrigidos e adubados. O plantio, feito por mudas, deve ser realizado em espaçamentos de 50 a 80 cm, dependendo da disponibilidade de mudas, para garantir uma formação eficiente e rápida.  

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Manejo correto para melhores resultados  

Para maximizar o desempenho em sistemas rotacionados, Peluso destacou a importância de respeitar as alturas de entrada e saída do pastejo.

“O ideal é que o animal entre quando o capim atingir de 70 a 80 cm de altura e saia antes de rebaixar demais, preservando a estrutura do pasto e favorecendo a rebrota rápida”, orientou.  

Ao respeitar essas práticas, é possível garantir alta ingestão de massa foliar de qualidade pelos animais, reduzindo o tempo de pastejo e aumentando o ganho de peso diário.

“Animais com acesso a um pasto manejado adequadamente consomem mais em menos tempo e gastam menos energia, o que resulta em melhor conversão alimentar e ganho de peso”, finalizou Peluso.  

Considerações finais sobre o uso do capiaçu

Embora o capiaçu não seja a melhor escolha para pastejo rotacionado, existem alternativas dentro do gênero capim-elefante que oferecem alto desempenho.

Com manejo adequado e solo fértil, variedades como o BRS Kurumi podem garantir um sistema produtivo eficiente e sustentável.  

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