
Pecuaristas, o clima continua sendo um fator decisivo para a gestão das pastagens no Brasil. Estamos em uma época de baixa umidade e restrição hídrica em grande parte do país, um cenário que exige atenção redobrada. Não perca as análises completas no vídeo abaixo!
A jornalista Pryscilla Paiva, do Canal Rural, trouxe um prognóstico detalhado no Boletim de Pecuária – Giro do Tempo, no Giro do Boi desta sexta-feira, 2 de julho.
Ela abordou as diferentes realidades climáticas do Sul, Centro-Oeste e Norte do Brasil, e como cada uma delas impacta a oferta e qualidade do pasto.
A interação com os pecuaristas é fundamental, e hoje a resposta veio de Belém, capital do Pará, que será sede da COP 30 em novembro. A cidade é um exemplo da realidade do Norte, onde a chuva é quase uma constante.
O cenário de chuvas no Norte
Diferente de outras regiões do Brasil, o Norte recebe chuvas significativas durante praticamente o ano todo.
Belém, por exemplo, registra volumes expressivos, com previsão de 10 a 15 mm nos próximos dias, totalizando até 126 mm de chuva. Essa característica garante uma oferta de pastagens mais estável.
Apesar das chuvas, ondas de frio têm chegado à região, trazendo desconforto térmico para os animais. Em Belém, as máximas podem ficar próximas de 26ºC e as mínimas podem chegar a 23ºC.
O impacto da geada no Sul
No Sul do Brasil, a grande massa de ar de origem polar que atuava está perdendo força. No entanto, ela chegou a provocar temperaturas de 10ºC negativos em Bom Jardim da Serra, na Serra Catarinense, resultando em geadas que cobriram as pastagens.
A boa notícia é que, se a geada ocorre em apenas um dia, é possível ainda aproveitar o pasto, mesmo com a perda de potencial nutritivo. O problema é a geada sequencial, que queima completamente a pastagem, já com oferta naturalmente baixa nesta época do ano.
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A seca e o frio no Centro-Oeste
Enquanto o Sul enfrenta geadas e o Norte recebe chuvas, grande parte do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil segue com tempo seco e baixa umidade. A restrição hídrica nessas regiões é severa, afetando diretamente a oferta de pastagens.
Mesmo com a elevação gradual das temperaturas, ainda há um desconforto térmico no extremo sul de Mato Grosso do Sul, com mínimas de 11ºC. Em Mato Grosso, as mínimas chegam a 16ºC, mas as tardes já são mais amenas, em torno de 26ºC.
Variações regionais e o futuro do clima
A jornalista Pryscilla Paiva reforça que as mínimas não estão tão baixas quanto no início da semana, quando o centro da massa de ar polar estava mais atuante no Sul. Agora, essa massa está se afastando para o oceano.
Localidades como Dourados (MS) e Bom Jardim da Serra (SC) verão as temperaturas subirem nos próximos dias, embora ainda com sensação de frio. A distribuição de chuva continuará concentrada no Norte e litoral do Nordeste, enquanto a maior parte do país seguirá com tempo seco.
Entender essas variações regionais é fundamental para o pecuarista planejar o manejo das pastagens e garantir a saúde do rebanho diante dos desafios impostos pelo clima.
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