
A quarta frente fria do ano chegou derrubando as temperaturas em boa parte do país, mas o grande alerta segue sendo a seca prolongada e o risco crescente de fogo no pasto. Assista ao vídeo abaixo e confira a previsão do tempo completa.
O aviso foi feito pelo meteorologista Arthur Müller, do Canal Rural, no Boletim de Pecuária – Giro do Tempo, exibido nesta terça-feira, 1º de julho, com exclusividade para o site do Giro do Boi.
Centro-Oeste sentirá frio até sexta, mas seca continua por 30 dias
Müller explicou que a friagem atinge Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre, com mínimas entre 9°C e 10°C e máximas que não passam dos 20°C nos próximos dias.
Em Ribas do Rio Pardo (MS), por exemplo, o frio se instala até o fim da semana. No entanto, a partir do final de semana, os termômetros devem voltar a subir, chegando rapidamente aos 30°C e ultrapassando os 35°C nas semanas seguintes.
Ou seja, trata-se de uma gangorra térmica: dois ou três dias de frio e depois calor intenso.
“Nos próximos 30 dias, praticamente não há previsão de chuva para a região”, destacou o meteorologista, ressaltando que essa variação brusca e o tempo seco são prejudiciais ao manejo das pastagens.
Sem chuvas no interior e risco de geada no Sul
A frente fria também avança para o Triângulo Mineiro e interior de São Paulo, com temperaturas que podem chegar a 7°C em Mato Grosso do Sul e até 15°C em Cuiabá, já nesta terça-feira.
Há previsão de geadas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, mas sem grandes impactos para a pecuária, já que os efeitos mais severos se concentram na agricultura de clima temperado.
A chuva, por sua vez, fica restrita à faixa litorânea do país, com tempo seco predominando no interior, onde estão as principais áreas de produção pecuária. No Tocantins, as máximas seguem altas, batendo 33°C.
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Fogo no pasto é a maior preocupação para os pecuaristas
Mesmo com a frente fria, o principal alerta de Müller é para o risco crescente de incêndios em áreas de pastagem. Com o tempo seco, as temperaturas elevadas após a friagem e o prolongado período sem chuvas, o uso do fogo deve ser evitado a qualquer custo.
“O risco de focos de incêndio só tende a aumentar daqui para frente”, enfatizou.
A recomendação é redobrar os cuidados com o manejo do pasto e a proteção das áreas de reserva legal, especialmente neste momento crítico do calendário climático, que é o auge da estação seca na maior parte do País.
Produtores devem adaptar manejo à realidade climática
Diante desse cenário, o pecuarista precisa ajustar o manejo com foco na preservação da pastagem, uso racional da água, controle de acesso dos animais e, principalmente, evitar qualquer tipo de queimada controlada, que pode sair do controle com facilidade.
O prognóstico reforça a importância de planejar o pastejo rotacionado, ajustar a lotação de animais e garantir fontes alternativas de água, já que o cenário de seca e calor extremos deve se intensificar ao longo de julho.
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