SANIDADE ANIMAL

Febre aftosa: Brasil conquista status de livre da doença sem vacinação

Alcançando um marco na sanidade animal, o País se prepara para competir em mercados internacionais altamente exigentes

Febre aftosa: Brasil conquista status de livre da doença sem vacinação
Febre aftosa: Brasil conquista status de livre da doença sem vacinação

O Brasil alcançou um marco significativo em sua história agropecuária ao ser declarado livre de febre aftosa sem a necessidade de vacinação.

Este avanço foi anunciado pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em uma cerimônia que também contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin.

Este progresso é resultado de décadas de esforços contínuos no âmbito do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA), culminando no fim da vacinação obrigatória em 12 unidades federativas e parte do Amazonas.

A caminho do reconhecimento internacional contra a febre aftosa

Rebanho de bovinos da raça Brahman. Foto: Samir Baptista
Rebanho de bovinos da raça Brahman. Foto: Samir Baptista

A declaração de livre de febre aftosa sem vacinação é apenas o começo do processo para que o Brasil seja reconhecido internacionalmente por organizações de saúde animal como a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Este novo status não apenas põe fim a um ciclo de mais de 50 anos de vacinações obrigatórias, mas também destaca a qualidade e confiabilidade do setor pecuário nacional e as práticas executadas pelo Serviço Veterinário Oficial.

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Carlos Fávaro destacou a importância dessa conquista, apontando que “o Brasil agora integra um grupo de elite sanitária mundial, onde é muito mais desafiador se manter. Com todo o sistema envolvido, vamos atingir mercados muito exigentes e recompensadores”.

Entre os destinos mencionados pelo ministro estão países como Japão e Coreia do Sul, conhecidos por suas rigorosas exigências sanitárias e de qualidade.

Impacto econômico direto da doença

Este novo status sanitário promete economias substanciais ao setor pecuário. Mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em aproximadamente 3,2 milhões de propriedades rurais deixarão de ser vacinados, reduzindo custos diretos estimados em mais de R$ 500 milhões.

Além da redução de custos, espera-se que o fim da vacinação propicie um aumento no preço das exportações brasileiras de carne, ao acessar mercados mais exigentes que valorizam produtos provenientes de zonas livres de febre aftosa sem vacinação.

Desafios e próximos passos

Apesar desse avanço, o vice-presidente Geraldo Alckmin relembra que o trabalho não termina aqui.

O próximo objetivo é garantir o reconhecimento pela OMSA, o que inclui a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição do ingresso de animais vacinados nos estados por pelo menos 12 meses.

O pleito de reconhecimento será apresentado à OMSA em agosto de 2024, com esperanças de uma aprovação até maio de 2025.

O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, reforçou que “o reconhecimento como sem vacinação abre caminhos para que os produtos pecuários oriundos destes estados possam acessar os mercados mais exigentes do mundo”.

Isso reafirma que, além das melhorias sanitárias, há um forte componente estratégico e econômico motivando esta mudança de patamar.

Erradicação da febre aftosa

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Vacinação contra febre aftosa. Foto: Wenderson Araujo/CNA

A erradicação da febre aftosa e o reconhecimento como país livre da doença sem a necessidade de vacinação solidifica a posição do Brasil como uma potência no mercado global de proteínas animais.

Com isso, eleva-se não só o padrão de qualidade dos produtos oferecidos, como também a confiança dos consumidores e parceiros comerciais internacionais nos produtos de origem animal do Brasil.

Este é um passo fundamental na busca por sustentabilidade e liderança no comércio global de carnes.

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