Os sistemas integrados de produção agropecuária têm ganhado cada vez mais adesão de produtores pelo Brasil. Entre os principais benefícios está a intensificação do ciclo de produção. Na pecuária de corte, por exemplo, os produtos da agricultura, como soja e milho, podem ser componentes de uma dieta de confinamento e semiconfinamento, acelerando a terminação e melhorando a qualidade da carcaça.
Mas há outros benefícios indiretos também. Foi o que revelou hoje em entrevista concedida ao repórter Marco Ribeiro e exibida no Giro do Boi de hoje, 13, o pecuarista Paulo Roberto do Nascimento, titular do Grupo Transcap, com propriedades em Mato Grosso (Santa Cruz do Xingu) e Minas Gerais (Elite Confinamento, em Capinópolis).
+ Relembre aqui a série Rota do Boi, que visitou o Elite Confinamento, em Capinópolis-MG
O grupo trabalha com integração lavoura-pecuária há sete anos, começando pela propriedade em MG, depois implementada no MT, e faz a terminação de animais de reposição em confinamento. Mas com a variedade de sistemas produtivos por quais passam estas boiadas compradas, a engorda em cocho é um desafio a ser superado, pois a adaptação nem sempre é rápida.
Uma solução encontrada pela propriedade foi fazer a aquisição de garrotes de aproximadamente 9@ para a recria no Mato Grosso em sistema integrado. Assim, a dieta mais intensiva, formulada com produtos da agricultura, já prepara o rúmen dos bovinos para o cocho. “Eu senti que o boi recriado em integração já chega adaptado. A gente ganha aquele espaço que seria da adaptação”, aprovou Nascimento.
Após a recria no MT, os animais são levados para o confinamento em MG. São pouco menos de 1.500 km entre as propriedades, o que representa um caminho longo, mas, fortificados pela dieta, os lotes têm menor incidência de problemas no transporte, como machucados ou fatalidades, chegando mais sadios até Capinópolis, afirmou Nascimento.
Veja o depoimento completo de Paulo Roberto Nascimento ao Giro do Boi: