Pecuaristas, a pecuária brasileira reafirma seu protagonismo na economia do país. Em 2024, a cadeia produtiva da carne bovina movimentou impressionantes R$ 987,36 bilhões, o que equivale a 8,4% do PIB nacional. Esse número representa um avanço de 5,4% em relação a 2023, ou 9,5% se não considerada a inflação. Assista ao vídeo e confira os detalhes desses dados.
Esses dados, que demonstram a força e a pujança do setor, foram detalhados no “Beef Report 2025”, uma publicação anual da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
O agrônomo e consultor de pecuária Maurício Nogueira, sócio-diretor da Athenagro, forneceu os insights sobre a publicação, que consolida as principais estatísticas da cadeia pecuária brasileira. Clique e baixe o relatório completo.
Recorde nas exportações e liderança mundial
Um dos principais motores desse crescimento foi o desempenho histórico nas exportações. Em 2024, o Brasil alcançou um marco histórico, exportando 2,89 milhões de toneladas de carne bovina para 157 países.
O faturamento de US$ 12,8 bilhões foi o segundo maior da série histórica, representando um aumento de quase 22% em relação a 2023.
O relatório destaca que a carne bovina in natura foi o principal item de exportação, e a China se manteve como o maior destino, absorvendo 46% do volume exportado.
O Brasil consolidou sua posição de líder mundial, sendo responsável por 21% da carne bovina comercializada internacionalmente, o que significa que 1 a cada 5 quilos de carne exportada no mundo é de origem brasileira.
Avanços em produtividade e sustentabilidade
O “Beef Report 2025” mostra que o crescimento do setor não se deu apenas pelo aumento da área, mas por uma evolução em produtividade e eficiência. A produção total de carne bovina atingiu 11,8 milhões de toneladas, o maior volume já registrado.
Paralelamente, a área de pastagem foi reduzida em 11% nas últimas duas décadas, enquanto a produtividade cresceu mais de 70%, passando de 2,8 para quase 5 arrobas por hectare/ano. Essa conquista foi impulsionada, em grande parte, pelo recorde de 8,8 milhões de animais confinados em 2024.
O relatório projeta que, nos próximos anos, esse número pode chegar a 13 ou 14 milhões de cabeças. O modelo de produção se torna cada vez mais sustentável, alinhado a políticas como o Plano ABC+ e o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD).
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Reconhecimento sanitário e rastreabilidade
A conquista do status de “livre de febre aftosa sem vacinação” pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) é um ponto crucial para o futuro do setor. Esse reconhecimento consolida a confiança sanitária da pecuária brasileira e abre portas para mercados premium.
O lançamento, em 2024, de um programa nacional de identificação individual de bovinos e bubalinos reforça o compromisso do Brasil com a rastreabilidade e a transparência.
A combinação de vigilância ativa, protocolos modernos e boas práticas garante à carne brasileira um dos melhores perfis sanitários do mundo.
Impacto econômico e projeções futuras
O mercado interno continua sendo o principal consumidor, absorvendo cerca de 70% da produção nacional em 2024. As exportações de carne bovina representaram 42% do total de exportações da pecuária, um segmento que movimentou US$ 30,5 bilhões.
As projeções para os próximos anos são de crescimento sustentado, com a produção podendo atingir mais de 13 milhões de toneladas até 2034.
A pecuária brasileira está posicionada para continuar garantindo a segurança alimentar global, elevando a produtividade e reduzindo o impacto ambiental, consolidando-se como a mais eficiente e sustentável do planeta.
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